O comandante da Marinha, almirante Ilques Barbosa Júnior, compara o avanço da mancha de óleo pelo litoral do Nordeste, desde o início de setembro, a um “bombardeio” contra o País. “Uma ameaça dessa magnitude não é a um governo. É ao Brasil”, disse ele em entrevista ao Estado.
”Primeiro, precisa identificar a origem. A segunda frente está relacionada com a neutralização, o máximo possível, dos impactos ambientais e econômicos. É inédita uma agressão que alcance 2.200 quilômetros de costa. É uma situação sem registro na história marítima. Eu diria até, em termos militares, é como se o Brasil sofresse um ataque militar, um bombardeio contra o Estado brasileiro, que teve impacto na nossa sociedade. Foi uma agressão ambiental que afetou os interesses nacionais, sejam eles políticos, econômicos, estratégicos ou ambientais. Uma ameaça dessa magnitude não é a um governo. É ao Brasil’, disse o comandante.
Uma das hipóteses é ser um “dark ship”, navio que navega “nas sombras” para evitar rastreamento por transportar cargas sob algum tipo de sanção comercial. É o caso de embarcações de países que fazem negócios com a Venezuela e Cuba, hoje sob embargo dos Estados Unidos.