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Com a chegada do feriado da Independência do Brasil, celebrado na próxima segunda-feira (7), gestores da Baixada Santista solicitaram ao governo estadual reforço policial. A preocupação é em relação à circulação de pessoas nas praias, fator que pode fazer disparar os índices de covid-19 na região.
Segundo informaram as prefeituras de Santos e São Vicente à reportagem, o pedido foi apresentado em reunião por videoconferência nesta terça-feira (1º). Os prefeitos dos nove municípios da faixa litorânea (Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente) argumentaram que o ideal seria organizar uma operação conjunta. Para isso, foi demandado o envio de policiais militares de outras localidades, para se juntar, ao longo do feriado prolongado, aos efetivos dos municípios.
“Os prefeitos entendem que a ação integrada com o estado permitirá maior eficácia no controle do cumprimento das normas vigentes, uma vez que as guardas civis municipais não têm efetivo suficiente para atender o elevado número de turistas lotando as praias, como ocorreu no último final de semana”, informou, em nota, a prefeitura de Santos. A cidade soma 18.517 casos confirmados de covid-19 e 568 mortes ocasionadas pela doença. No estado, foram registrados, até ontem, 814.375 casos confirmados e 30.375 óbitos.
“Trata-se do segundo pedido de apoio do Condesb [Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista] ao estado. No feriado prolongado de 1º de maio, os prefeitos pediram a ação da PM [Polícia Militar] nas rodovias, a fim de evitar a vinda maciça de turistas à Baixada Santista, mas o pedido não foi atendido na ocasião.”
Segundo as prefeituras, o secretário de Logística e Transportes, João Octaviano Machado Neto, comprometeu-se a levar o pleito de apoio da PM ao governador João Doria.
Em entrevista coletiva no começo da tarde, o governador de São Paulo João Doria disse estar muito preocupado com a possibilidade de formação de aglomerações nas praias do litoral paulista durante o feriado prolongado, assim como ocorreu no último final de semana.
“Fazemos aqui um apelo para que prefeitos e prefeitas de cidades do litoral ou que são destinos turísticos para que adotem medidas restritivas e contem com o apoio da Polícia Militar, desde que sejamos solicitados”, disse o governador. Segundo o governo paulista, cada prefeito é responsável pela fiscalização em sua cidade. A Polícia Militar só pode atuar se o prefeito fizer uma solicitação formal ao governo de São Paulo.
Doria fez um apelo também para que as pessoas evitem se aglomerar, o que pode ajudar a disseminar ainda mais o vírus. “Tenham cuidado, tenham zelo. Nada de aglomeração. Ainda estamos na quarentena, com pessoas infectadas, e temos muitos óbitos ainda. Não é hora de celebrar, comemorar ou aglutinar”, falou Doria. Com o calor e o sol do último final de semana, as pessoas foram às praias do litoral paulista, abandonando as medidas necessárias para o controle da pandemia do novo coronavírus. Além de não respeitarem o distanciamento social e se aglomerarem nas praias, os banhistas não usavam máscaras.