Familiares de mais duas pessoas que morreram após passar por uma pesquisa para testar a eficácia do medicamento cloroquina realizado março de 2020, em m Manaus (AM) denunciam superdosagem.
O estudo foi conduzido por 70 pesquisadores de instituições como a Fundação de Medicina Tropical, a Universidade do Estado do Amazonas, a USP – Universidade de São Paulo e a Fiocruz.
Os participantes do estudo foram divididos em dois grupos, que receberam duas dosagens distintas de cloroquina no tratamento: uma dose alta (600mg duas vezes ao dia, por dez dias) e outra mais baixa (450 mg duas vezes ao dia no primeiro dia, e uma vez ao dia por mais quatro dias). O médico e pesquisador Marcus Vinícius Guimarães Lacerda, da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado, e especialista em Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz Amazonas (Fiocruz – AM) foi quem liderou o estudo.
Ao jornal Gazeta do Povo, as esposas de dois homens que tomaram cloroquina contam que não receberam quaisquer informações da equipe que fazia a pesquisa. As duas, que têm formação na área de saúde, uma é biomédica e a outra enfermeira de UTI, classificam que, de fato, aconteceu uma intoxicação por superdosagem medicamentosa. Ambos receberam a dose alta do medicamento e morreram após paradas cardíacas.
Em julho familiares de dois pacientes que morreram encaminharam ao Grupo de Atuação Especial de Investigação do Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), que está realizando um Procedimento Investigatório Criminal para investigar o estudo.