Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
A Polícia Militar (PM) vai investigar um cabo que durante uma ocorrência em São Sebastião, no Litoral de São Paulo (SP), disse a moradores que um suposto “governo comunista” tomaria suas casas.
Na imagem, o cabo diz explicar que caso as pessoas aceitem ‘o governo comunista que quer voltar’ suas propriedades vão ser tomadas.
Em nota, a PM disse que a fala não reflete a posição da instituição.
A ação aconteceu nesta segunda-feira (25) em um bairro irregular, onde está sendo feita a regularização.
De acordo com a prefeitura, um dos imóveis está em área de preservação e tem ordem judicial para a demolição. Com a medida da Justiça, moradores organizavam um protesto quando a PM foi acionada.
Durante o atendimento, um cabo da PM reuniu a comunidade e disse começou um discurso alertando que o governo comunista tiraria suas casas. O PM não mencionou o nome de nenhum candidato.
Durante a fala, vários moradores se organizam em torno do policial. Uma moradora chega a questionar o agente. “Aí eu pergunto, e esse que está aí fez o que?”, diz a senhora. E o agente responde que não está indicando políticos, mas apenas fazendo um alerta.
“Senhora, é o que eu falei. Eu não gosto de política e não estou indicando político nenhum. Eu só estou querendo explicar para vocês, aproveitando essa oportunidade aqui porque ali, por exemplo, não tem escritura e está em uma área de preservação e aí é uma situação normal que o estado faz. Porém, se a gente alimentar a parte comunista da história, aí vai ser igual em outros países que estão ai. Nós perdemos o direito de todos os nossos bens”, diz no trecho do vídeo.
Após a circulação da imagem, a PM informou que abriu sindicância para apurar a conduta do policial.
“Ao tomar conhecimento das imagens, imediatamente instaurou procedimento para apurar a conduta do policial, sendo certo que, a opinião pessoal do militar, não reflete o posicionamento institucional, nem tampouco se coaduna com os protocolos previstos para atendimento de ocorrências da Polícia Militar”, informou em nota.
A Prefeitura de São Sebastião informou que o local está em processo de regularização e que há mobilização na justiça para a medida, que deve começar em novembro.