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Nossa “democracia vibrante” está cada vez mais soviética

Em mais um capítulo de perseguição política e ideológica no Brasil, redes sociais como Instagram, Twitter e Facebook podem ser obrigadas a entregar dados dos seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro às autoridades brasileiras. O pedido padrão URSS foi feito pelo Ministério Público Federal ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Mais um dia “normal” em nossa democracia “forte” e “vibrante” — palavras do republicano Tarcísio Freitas em evento igualmente vibrante do ministro Gilmar Mendes.

O MPF justificou a medida. Em nota afirmou que “o pedido de acesso a informações dos seguidores de Bolsonaro tem o objetivo de subsidiar investigações sobre atos antidemocráticos” e completou que os dados dessas pessoas não serão expostos e que o investigado é o ex-presidente.

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Ufa! Agora está tudo certo! Estão mais tranquilos com essa explicação? Seus dados estarão seguros no bolso dos agentes do “sistema”. Não há a menor chance dessas informações serem usadas para perseguir opositores, afinal, estamos em uma “democracia pujante” — conforme descrito pelo senador Hamilton Mourão, que aparentemente vive no mesmo mundo fictício que Tarcísio Freitas.

Ironias à parte, o mapeamento de vozes dissonantes começou há alguns anos. Quem não se lembra da chamada “Lista Negra do Estadão” ou do “GPS ideológico” da Folha de São Paulo publicados em 2019? Ambas as listas serviam para rastrear influenciadores e posicioná-los em um mapa ideológico criado por algumas mentes perturbadas. Em seguida, os donos dos perfis eram acusados de “discurso de ódio” ou baboseiras do tipo. Esta jornalista que vos fala foi incluída no canto da “extrema-direita”, próxima ao filósofo Olavo de Carvalho uma honra por sinal.

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A “Lista Negra do Estadão” publicada em 2019.

Em poucos minutos, as matérias absurdas renderam inúmeros memes e piadas nas redes sociais. Contudo, a brincadeira, porém, durou pouco já que nos meses seguintes o STF abriu o Inquérito que serviu de porteira para a escalada de autoritarismo e repressão. Os capítulos seguintes foram devastadores: prisões, perseguição, censura e até a morte de um homem que ateou fogo ao próprio corpo em protesto contra o STF.

A realidade torna-se ainda mais sombria quando olhamos para a história e percebemos que a perseguição e mapeamento de grupos considerados “inimigos do regime” não é novidade em ditaduras. E por aqui, na recém-inaugurada República Popular Democrática do Brasil, comandada pela mão de ferro do Foro de São Paulo, a história segue o mesmíssimo enredo trágico de países dominados pelo comunismo.

Uma rápida visita ao passado nos revela semelhanças assustadoras, por exemplo, entre o ocorrido na URSS e o que está em andamento no Brasil. Durante o regime de Josef Stalin na União Soviética, 1927 a 1953, houve um amplo esforço para mapear e identificar opositores políticos. Stalin implementou uma série de medidas para identificar e registrar pessoas consideradas inimigas do Estado ou que eram vistas como uma ameaça ao regime comunista.

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A URSS tinha uma rede de agências de segurança, como a famosa KGB (Comitê de Segurança do Estado), que era responsável por investigar e monitorar opositores políticos. Eles coletavam informações sobre atividades consideradas contrarrevolucionárias.

O regime também incentivava a população a denunciar uns aos outros. Aqueles que eram marcados como  inimigos da “democracia” stalinista corriam risco constante. Isso levou a um clima permanente de desconfiança e vigilância, onde os cidadãos eram encorajados a relatar atividades suspeitas ou críticas ao regime até mesmo na própria família.

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Milhões de pessoas morreram sob o regime de Stalin na antiga URSS.

O partido controlava a mídia, a educação e a cultura para promover a ideologia comunista e silenciar a oposição. Para não ser perseguido era necessário se alinhar às políticas do partido e expressar lealdade ao regime. Essas medidas de mapeamento e controle permitiam ao regime de Stalin identificar e reprimir opositores políticos, dissidentes e qualquer pessoa considerada uma ameaça ao poder do Estado. Isso resultou em perseguição política, execuções, detenções arbitrárias, trabalhos forçados e morte de milhões de pessoas.

Antes de chegar ao extremo do genocídio, ditaduras também trabalham para desumanizar seus “inimigos”, legitimando a perseguição perante a opinião pública.

O regime soviético utilizava propaganda intensiva para retratar os opositores políticos, como dissidentes, intelectuais e religiosos, como inimigos do povo e traidores da pátria — alguma semelhança com os “fascistas” e “terroristas antidemocráticos” no Brasil?. Essa propaganda criava uma imagem negativa desses opositores, desumanizando-os e minando sua credibilidade. Em seguida, esses “não-humanos” perdiam seus direitos, eram julgados sumariamente e executados por supostas atividades “contrarrevolucionárias”. Toda dissidência política era duramente reprimida. Stalin limitava a liberdade de expressão, censurava a imprensa e controlava todos os meios de comunicação. Aqueles que expressavam opiniões divergentes do discurso oficial ou criticavam o regime eram frequentemente perseguidos, presos e silenciados.

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Não quero dar spoiler sobre o destino do Brasil, mas adianto não haver final feliz possível para uma história que tenha os elementos citados acima. O genocida Josef Stalin estaria orgulhoso e mandaria um “salve” para os companheiros vermelhos que se apossaram das instituições brasileiras.

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