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Apoio ao terror camuflado de solidariedade

Até poucos dias, parecia incompreensível que um único indivíduo de mente perturbada, imbuído de um discurso raivoso, tenha sido capaz de persuadir multidões de que os nazistas deveriam erradicar a existência dos judeus. Por que os alemães, cientes dos horrores nos campos de concentração, não se insurgiram contra essa brutalidade? Foram todos coniventes com o Holocausto? Por que se calaram?

Essas questões permanecem sem respostas definitivas. Ao longo das décadas, diversas teorias e estudos emergiram na tentativa de explicar o colapso moral ou a complacência dos alemães diante do avanço do nazismo durante a Segunda Guerra Mundial. Conforme divulgado pela Veja, a escritora Christa Wolf declarou certa vez que para saber sobre a Gestapo, os campos de concentração e as campanhas de discriminação e perseguição bastava a população ler os jornais. Para comprovar essa hipótese, o renomado professor de história da Universidade Estadual da Flórida Robert Gellately reúne provas de que a sociedade tinha acesso a essas informações em seu livro, “Apoiando Hitler: Consentimento e coerção na Alemanha nazista”. De acordo com o autor, Hitler não só divulgou abertamente as ações do governo como também conquistou amplo apoio popular para colocá-los em prática.

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Por mais absurdo que isso pareça, agora, em 2023, a guerra em Israel, desencadeada por um ataque brutal cometido pelo grupo terrorista Hamas, está ressuscitando demônios que podem nos auxiliar a compreender parte dessas indagações.

Imediatamente após a notícia dos hediondos assassinatos, estupros, sequestros e mesmo decapitações de bebês em solo israelense, a internet se viu inundada por uma mistura de perplexidade, horror e solidariedade, à Israel e, pasmem, também ao Hamas. Inacreditavelmente, o número de indivíduos que proclamaram apoio às atrocidades cometidas por esses terroristas aumentou à medida que as horas passaram no sábado (7), primeiro dia de ataques a Israel. Até imagens que “enalteciam” os terroristas desembarcando de paragliders armados sobre uma rave, que resultou no assassinato de mais de 260 pessoas, incluindo brasileiros, começaram a circular nas redes sociais.

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Imagem postada pelo perfil do movimento Black Lives Matter Chicago, no X, após ataque terrorista a Israel.

Em poucos dias, as manifestações de apoio à barbárie transcenderam o ambiente virtual e foram para as ruas.

Em Berlim, a comunidade judaica revivenciou parte dos horrores do nazismo na última semana, quando suas residências foram marcadas com a Estrela de Davi. As autoridades relataram um crescente número de denúncias por parte dos residentes judeus na capital alemã, que afirmaram ter encontrado o símbolo da Estrela de Davi desenhado ou colado nas entradas de suas casas.

Casas de judeus marcadas com Estrela de Davi em Berlim, Alemanha.

Casas de judeus marcadas com Estrela de Davi em Berlim, Alemanha.

Hoje, manifestações de apoio ao Hamas e aos palestinos eclodiram em diversas partes do mundo, em resposta à convocação do grupo terrorista Hezbollah para um “dia de fúria contra Israel”. Vários países europeus, que abriram as portas para imigrantes muçulmanos, testemunharam protestos raivosos, conforme solicitado pelos terroristas. É neste ambiente de caos, que muitos defensores da barbárie contra judeus argumentam que tais manifestações visam apoiar os palestinos em vez do Hamas. No entanto, surge a pergunta: onde estão as manifestações daqueles que se declaram apoiadores da Palestina, mas que se opõem ao terror promovido pelo Hamas contra seu próprio povo? Onde está a indignação diante dos atos dos terroristas que utilizam mulheres, crianças, idosos e enfermos como escudos humanos em hospitais, impedindo-os de deixar Gaza em meio aos bombardeios? E quanto aos autoproclamados defensores da democracia? Não se incomodaram com o fato de que os palestinos da Faixa de Gaza não tiveram a chance de escolher quem os governa?

Uma parcela significativa de quem está nas ruas contra Israel e alega que seus atos são em solidariedade aos palestinos, sequer conseguiram mencionar a palavra terrorista para referir-se ao Hamas. Ainda que expuséssemos imagens dos bebês decapitados e cenas de mulheres sendo estupradas, não o fariam. Há uma concordância silenciosa com o terror, uma complacência assustadora, uma pitada de nazismo que aflora com a guerra, a oportunidade perfeita de externar o ódio aos judeus camuflado de solidariedade ao povo sofrido da Palestina.

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