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Na noite de quarta-feira (29), o Ministério da Defesa informou que acompanha situação entre Venezuela e Guiana e que as ações de defesa “têm sido intensificadas” na região da fronteira, ao Norte do país.
De acordo com o governo federal, houve reforço de militares na região. O senador Hiran Gonçalves (PP) pediu ao Ministério da Defesa o reforço das Forças Armadas em Pacaraima, cidade brasileira na fronteira com a Venezuela, por conta da disputa entre o país venezuelano e a Guiana pela região de Essequibo.
Essequiba, administrada pela Guiana, tem um território de 160 mil km², cerca de 70% do território atual da Guiana, e concentra reservas de petróleo estimadas em 11 bilhões de barris.
Segundo o senador, em conversa na terça-feira (28), o ministro da Defesa, José Mucio, já tinha garantido o reforço militar na fronteira do Brasil com a Venezuela, principalmente no município de Pacaraima, local estratégico de acesso ao Essequiba.
O pedido do senador ocorre às vésperas do referendo que a Venezuela convocou para que a população do país responda sobre a criação de uma nova província chamada “Guayana Esequiba” no território de Essequibo.
O referendo, convocado pelo ditador socialista Nicolás Maduro, está marcado para este domingo (03), e prevê conceder a nacionalidade venezuelana a 125 mil habitantes da região de Essequibo.
Segundo Gonçalves, o reforço militar será a garantia da segurança dos brasileiros que vivem em Pacaraima, devido à aproximação do referendo.
ENTENDA O CASO:
A disputa territorial entre Venezuela e Guiana existe há 200 anos. Porém, as tensões na região aumentaram depois de Maduro marcar para o dia 3 de dezembro um plebiscito em que os venezuelanos poderão decidir sobre a anexação da região conhecida como Essequiba.
A Guiana Essequiba, também conhecida como Território Essequibo ou Zona em Disputa na Venezuela, é um território localizado no Planalto das Guianas, entre os rios Cuyuni e Essequibo.
A área territorial de Essequiba é de 159.500 km² e atualmente faz parte da República Cooperativa da Guiana.
No entanto, a Venezuela reivindica a soberania sobre esse território, conforme estabelecido no Acordo de Genebra de 17 de fevereiro de 1966.