Não é de hoje que a imprensa brasileira assumiu o vergonhoso papel de assessoria de imprensa de políticos de esquerda, com um “amor” especial pelo líder petista — que passou 580 dias na cadeia e atualmente ocupa a cadeira mais importante do Planalto. Por muito tempo, os jornalistas fizeram o trabalho de faxineiros da bagunça deixada pelo PT de maneira velada, contudo, nos últimos anos o negócio ficou escancarado. É “para cego ver, para surdo ouvir” como diria o Falamansa em “Xote dos Milagres”. Teve até assessor, digo, jornalista global argumentando que o aumento de impostos na Era Lula seria benéfico para a população mais pobre. No afã de defender as ações absurdas do regime, inventaram a “desgraça do bem”. O problema é que beirando o aniversário de um ano da volta (oficial) do PT ao poder, está faltando tapete para cobrir tanta sujeira e o serviço dos “faxineiros” de plantão tem ficado cada vez mais difícil.
Se você considera os discursos confusos de Dilma Rousseff como cenas patéticas, pode ter deixado passar despercebido o esforço da imprensa em amenizar a situação quando Lula expressou sua satisfação por ter nomeado um ministro comunista para o Supremo Tribunal Federal. É evidente que o recém-chegado Flávio Dino não será o primeiro comunista a ocupar uma posição na Suprema Corte, mas, por enquanto, vamos ignorar mais essa falsidade do petista e focar na atuação lamentável dos blogueiros lulistas.
Lula fez um discurso inflamado após a aprovação do nome de Dino para a Suprema Corte exaltando a chegada, segundo ele, de um comunista ao STF pela primeira vez na história.
“Vocês não sabem como eu estou feliz hoje. Pela primeira vez na história desse país, nós conseguimos colocar na Suprema Corte um ministro comunista, um companheiro da qualidade do Flávio Dino”, disse Lula durante a 4ª Conferência Nacional da Juventude, em Brasília.
Lula e Flávio Dino, novo ministro do STF. Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação
Basicamente, Lula disse óbvio sobre seu pupilo. Flávio Dino é declaradamente comunista há anos, ao contrário de vários de seus novos colegas de tribunal, que escondem a foice e o martelo debaixo da toga. O novo ministro foi filiado ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB) de 2006 a 2021, quando saltou do PcdoB para o Partido Socialista Brasileiro (PSB), onde está até hoje. Longe de mim querer afirmar que para ser comunista é necessário filiar-se a um partido comunista, e há inúmeros exemplos de autoridades que ainda não saíram do armário ideológico assumindo-se comunistas de carteirinha, mas digamos que ser filiado a partidos comunosocialistas pode ser considerado um sinal, não é mesmo?
Em abril de 2015, em entrevista ao programa Espaço Público, da TV Brasil, conforme relembrado pelo portal Terra no último 15 de dezembro, Dino era governador do Maranhão e foi questionado sobre seus ideais comunistas. Em resposta, declarou que, enquanto “socialista, comunista e marxista”, ele faz “o que Lenin recomendava”.
O líder da Revolução Russa citado por Flávio Dino, foi responsável por iniciar o terror comunista em 1917.
Em 1921, camponeses, operários e soldados, isto é, os “oprimidos” que os bolcheviques diziam defender, se revoltaram contra as políticas da ditadura. Lênin então ordenou que a rebelião fosse esmagada em um telegrama que tornou-se símbolo da brutalidade do ditador:
“Camaradas! O levante kulak nos cinco distritos de sua região deve ser esmagado sem piedade. Os interesses de toda a revolução o exigem, pois a “luta final” com os kulaks está doravante engajada por toda parte. É necessário dar o exemplo:
1) Enforcar (e digo enforcar de modo que todos possam ver) não menos de 100 kulaks, ricos e notórios bebedores de sangue.
2) Publicar seus nomes.
3) Apoderar-se de todos os seus grãos.
4) Identificar os reféns do modo como indicamos no telegrama de ontem. Façam isso de maneira que a cem léguas em torno as pessoas vejam, tremam, compreendam e digam: eles matam e continuarão a matar os kulaks sedentos de sangue.
Telegrafem em resposta dizendo que vocês receberam e executaram exatamente estas instruções. Seu, Lenin.”
Você pode conferir 14 Fatos que revelam a monstruosidade de Lenin clicando aqui.
Bom, bastou Lula “confessar” o óbvio para que a imprensa começasse imediatamente a Operação Varre Sujeira de petista. A fala pegou mal, deu munição para a oposição e estragou a imagem de estadista moderado e promotor da união dos povos que o marketing tenta desesperadamente enfiar goela abaixo dos desavisados. Mas, Lula não ajuda!
Enquanto os jornalistas tentam incutir na sociedade a ideia de que quem acredita em comunismo em pleno século XXI é um louco conspiracionista, e que o sistema morreu com a queda do muro de Berlim, a realidade chuta a porta e entra sem pedir licença.
“É assim que um governo comunista vai dominando tudo em torno, sem que ninguém deseje admitir que já está vivendo sob uma ditadura comunista. Por trás, os comunistas mais experientes riem: ‘Ha! Ha!’ Esses idiotas pensam que o que queremos é controlar a economia! O que queremos é controlar seus cérebros, seus corações, suas vidas.”
(Olavo de Carvalho)
Para amenizar o estrago causado pelo Chefe de Estado, O Globo soltou a manchete: “Lula brinca sobre aprovação de Dino ao STF e diz que Corte agora tem ministro comunista.”
“Trata-se tão somente de uma disputa de narrativa política, seja de uma oposição que chama Dino sistematicamente, de forma pejorativa, de comunista, (…) como criminalização da esquerda, (…) seja de um Lula de forma debochada”, diz @flaviaol sobre o presidente ter dito que,… pic.twitter.com/4brr7Sb1Oc
— GloboNews (@GloboNews) December 15, 2023
Em uma discussão durante o programa Estúdio i, da Globo News, uma das comentaristas defendeu que o petista estava sendo irônico ao chamar Dino, o homem da foto abaixo segurando uma foto de Karl Marx, filiado por 15 anos ao Partido Comunista do Brasil, de comunista. Vejam só que absurdo! Ela ainda afirma que a culpa, vejam só, é da “extrema-direita que usa pejorativamente a palavra [comunista], como sendo algo errado, desabonador.”
Novo ministro do STF segura cartaz com foto de Karl Marx cos dizeres: “Ser comunista é defender a comunhão justa da riqueza.” Foto: Reprodução
Como é possível, dona comentarista, alguém considerar “desabonador” ou “pejorativo” que qualquer indivíduo defenda o sistema de poder que resultou na morte de (muito) mais de 100 milhões de pessoas ao longo da história?
A obra “O Livro Negro do Comunismo”, editada por Stephane Courtois detalha o número de mortes provocadas pelo marxismo-leninismo no século XX. União Soviética, 20 milhões de mortes; China, 65 milhões; Vietnã, 1 milhão; Coreia do Norte e Camboja, 2 milhões cada; Europa Oriental, 1 milhão; e cerca de 3,5 milhões na América Latina, África e Afeganistão.
Os genocídios comunistas envolveram tortura, execuções em paredões, sequestros, atentados com bombas, assassinatos por inanição, estupros coletivos, campos de concentração e inúmeras outras atrocidades em países dominados por ditadores vermelhos. Apenas no Camboja, entre 1975 e 1979, Pol Pot, líder do Partido Comunista Cambojano, conhecido como Khmer Vermelho, ceifou a vida de mais de 1,5 milhão de pessoas.
“O comunismo não é um sistema econômico, não é uma ideologia, não é um regime. É um movimento político voltado à conquista do poder mundial e à total dominação das consciências — o movimento político mais vasto e poderoso que já existiu.”
(Olavo de Carvalho)
Pilha de ossos das vítimas do genocídio comunista fica exposta no Camboja.
Conforme documentado pela Revista Exame em 2016, um dos poucos sobreviventes do genocídio comunista no Camboja, Soy Sen, contou que os prisioneiros do Khmer Vermelho eram amontoados na prisão em rodízios de 400 pessoas e que a cada dia eram executadas de 20 a 30 pessoas.
“Fizeram as pessoas caminharem em fila e meu pai estava à frente do grupo. Ataram suas mãos a suas costas, lhe vendaram os olhos e bateram com uma enxada em sua cabeça”, lembrou Soy Sen, forçado a trabalhar como coveiro durante o regime de terror do Khmer Vermelho.
Desabonador, pejorativo? Imagina!
Esses dados históricos alarmantes são, evidentemente, negligenciados pela esquerda e pelos seus numerosos representantes nas redações Brasil afora. Ninguém gosta de tocar no assunto.
Como eu citei no início do artigo, a esquerda criou a “desgraça do bem” e não faltam militantes para justificar o “genocídio do bem”. A ferocidade com que reagem, rosnando ao conservadorismo, tradicionalismo ou cristianismo, revela-se imediatamente como cinismo quando confrontados com os crimes contra a humanidade cometidos por comunistas.
Estamos testemunhando a concretização dos anseios dos fundadores do Foro de São Paulo, Lula e Fidel Castro, sendo que, por sorte, este último já não está mais entre nós. O que se desenrola no Brasil vai muito além do que podemos perceber neste momento, como simples mortais sujeitos às decisões ditatoriais de quem está no poder. A ascensão do consórcio lulista ao poder e o aparelhamento de todas as instituições foi celebrada por toda a extrema esquerda mundial.
É crucial compreender que o que está em curso em nosso país é algo de magnitude significativamente maior e mais perigosa do que podemos imaginar no presente. E, sem dúvida, Lula da Silva é movido a cordas; um boneco nas mãos de um ventríloquo muito maior e poderoso.
