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O governador Cláudio Castro (PL) solicitou ao Ministério da Justiça, nesta quarta-feira (27), uma nova prorrogação da permanência da Força Nacional no Rio de Janeiro. As tropas, que originalmente ficariam no estado até este domingo (31), podem ter seu tempo de atuação estendido caso a União aceite o pedido. Esta seria a segunda extensão de prazo do reforço, a primeira tendo sido realizada em janeiro. Castro não definiu uma duração desejada para a nova prorrogação.
Cerca de 300 agentes da Força Nacional atuam nas rodovias federais do Rio de Janeiro desde 16 de outubro, com o objetivo de impedir a entrada de armas e drogas no estado. A operação, autorizada pelo Ministério da Justiça a pedido de Castro em meio à escalada da violência no Rio, já custou mais de R$ 10 milhões aos cofres públicos.
Do total de gastos, mais de R$ 3,5 milhões foram destinados à compra de novos equipamentos, como carabinas, espingardas, fuzis, granadas, pistolas e munições. Já o pagamento de diárias dos agentes consumiu mais de R$ 3,6 milhões do orçamento federal.
Apesar do investimento significativo, a Força Nacional ainda não apresentou resultados expressivos no combate ao crime no Rio. Segundo dados da própria força, os agentes realizaram mais de 10 mil abordagens a veículos e pedestres no primeiro mês de trabalho, mas apenas 7 caminhões foram parados e revistados.
Em mais de um mês de operação, não houve apreensão de armas ou drogas. O levantamento, feito com base na Lei de Acesso à Informação (LAI), aponta apenas duas prisões e um menor apreendido por tentativa de assalto.
Diante dos resultados tímidos, a efetividade da Força Nacional no Rio de Janeiro é questionada por especialistas em segurança pública. Argumenta-se que o alto custo da operação não se justifica diante da falta de resultados concretos na redução da criminalidade.
Críticos também apontam para a possível militarização da segurança pública como um risco à democracia e aos direitos humanos. Defendem-se alternativas que priorizem a investigação criminal, a inteligência policial e a integração entre as diferentes forças de segurança.
O governo do estado, por outro lado, defende a atuação da Força Nacional e argumenta que a operação tem um “efeito dissuasivo” no crime. Afirma-se que a presença ostensiva dos agentes nas rodovias inibe o tráfico de armas e drogas, além de contribuir para a sensação de segurança da população.
O Ministério da Justiça ainda não se manifestou sobre o pedido de prorrogação da Força Nacional no Rio. A decisão final caberá ao ministro Ricardo Lewandowski.