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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu um policial penal sob suspeita de colaborar com detentos para planejar fugas do Complexo Penitenciário da Papuda, em troca de pagamento de R$ 150 mil. A prisão ocorreu na quarta-feira (10) pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado.
Além de facilitar a entrada de celulares e chips nas celas, o suspeito foi alvo de dois mandados de busca e apreensão: um em sua residência em Planaltina de Goiás e outro em uma casa relacionada às transações financeiras suspeitas, no Riacho Fundo 2.
Durante as buscas, foram confiscados documentos diversos, dispositivos eletrônicos e anotações financeiras.
Entre os itens encontrados na residência do policial estava um bilhete detalhando transações financeiras e negociações ilícitas, assim como documentos que o ligavam ao grupo conhecido como Comboio do Cão. A investigação teve início após a Seape (Secretaria de Administração Penitenciária) descobrir um celular escondido em uma cela na Papuda.
O policial penal enfrentará acusações que incluem corrupção passiva, introdução ilegal de celulares em estabelecimento prisional, prevaricação, facilitação de fuga de presos e participação em organização criminosa.
As investigações contaram com o apoio do Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.
Ao comentar sobre a operação de hoje, a Seape disse que, até o momento, não existem indícios de que fugas no Complexo Penitenciário da Papuda “tenham sido bem sucedidas por consequência dos atos do servidor”.
“A Seape-DF e a Polícia Penal do Distrito Federal reafirmam o seu compromisso com o serviço público prestado na forma da lei e não coadunam com qualquer desvio de conduta de seus servidores”, garantiu a Seape.