Nesta sexta-feira (26), a Caixa Econômica Federal realiza o pagamento da parcela de julho do novo Bolsa Família para os beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) que terminam em 7. O valor mínimo do benefício é de R$ 600, mas com o novo adicional, o valor médio sobe para R$ 682,56.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, o programa de transferência de renda do governo federal atenderá, neste mês, 20,83 milhões de famílias, totalizando um gasto de R$ 14,2 bilhões.
Além do benefício mínimo, são pagos três adicionais: o Benefício Variável Familiar Nutriz, que concede seis parcelas de R$ 50 para mães de bebês de até seis meses; um acréscimo de R$ 50 para famílias com gestantes e filhos entre 7 e 18 anos; e outro adicional de R$ 150 para famílias com crianças de até seis anos.
No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. Os beneficiários podem consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas pelo aplicativo Caixa Tem, utilizado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.
A partir deste ano, o Seguro Defeso, pago a pessoas que vivem exclusivamente da pesca artesanal e que não podem pescar durante a piracema (período de reprodução dos peixes), foi retirado do Bolsa Família, conforme estabelecido pela Lei 14.601/2023.
Desde julho do ano passado, o Bolsa Família passou a integrar seus dados com o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). Com base nesse cruzamento de informações, aproximadamente 600 mil famílias foram removidas do programa neste mês por apresentarem renda acima dos limites estabelecidos. O CNIS possui mais de 80 bilhões de registros administrativos relacionados à renda, vínculos de emprego formal e benefícios previdenciários e assistenciais pagos pelo INSS.
Em contrapartida, outras 500 mil famílias foram incluídas no programa em julho, marcando um recorde de inclusão para um mês. Essa inclusão foi possível devido à política de busca ativa, que foca na reestruturação do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e se concentra em pessoas mais vulneráveis que têm direito ao complemento de renda, mas não recebem o benefício.
Cerca de 2,83 milhões de famílias estão cobertas pela regra de proteção em julho. Em vigor desde junho do ano passado, essa regra permite que famílias que melhorem sua renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até dois anos, desde que cada membro da família receba até meio salário mínimo. Para essas famílias, o benefício médio ficou em R$ 371,99.
Neste mês, não haverá pagamento do Auxílio Gás, que beneficia famílias cadastradas no CadÚnico. Como o benefício é pago bimestralmente, o pagamento será retomado em agosto.
O Auxílio Gás é destinado a quem está incluído no CadÚnico e possui pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa estabelece preferência para a mulher responsável pela família e para mulheres vítimas de violência doméstica.