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Em um encontro registrado com seu advogado, realizado em janeiro de 2022 e divulgado pelo portal Metrópoles nesta quarta-feira (7), Marcola admitiu publicamente, pela primeira vez, ser o líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que domina boa parte do crime organizado no Brasil.
▶️ Pela primeira vez, Marcola confessa ser chefe do PCC
Fala foi dita em uma reunião de Marcola com advogado em 2022. Na ocasião, o líder do PCC diz que virou chefe depois da morte da sua esposa
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— Metrópoles (@Metropoles) November 8, 2024
Durante a conversa, Marcola relembrou seu percurso dentro do PCC e contou que não almejava a liderança. Ele explica que sua ascensão ao poder ocorreu em um contexto de conflito e perda pessoal. Segundo o líder, ele assumiu o comando do PCC após o assassinato de sua esposa, Ana Maria Olivatto, o que marcou um ponto de virada em sua trajetória.
“É aí que eu me tornei o chefe do negócio. Porque antes disso [assassinato de Ana], eu não era chefe de nada”, afirmou Marcola durante a reunião. Anteriormente, ele desempenhava o papel de mediador, facilitando diálogos entre membros da facção e autoridades penitenciárias para conter rebeliões nos presídios de São Paulo. Ele menciona o trabalho próximo ao então diretor penitenciário, identificado como doutor Guilherme, e reforça que a função de líder não era algo que ele almejava.
O encontro também abordou os processos judiciais que resultaram em mais de 300 anos de condenação para Marcola. Ele e seu advogado analisaram como seu nome é raramente mencionado de forma explícita nas denúncias, sendo geralmente referenciado de maneira indireta como “liderança” do PCC. Em um dos casos relatados, Marcola lembra que um réu, conhecido como Chocolate, teria sido torturado e questionado se um grande crime poderia ter ocorrido sem o aval do líder da facção. Segundo Marcola, a resposta de Chocolate foi incerta, algo como “acho que não”.
Em outra gravação obtida pelo veículo de Brasília, datada de julho de 2022, Marcola lamenta a amplitude das acusações: “Estou acusado sempre de tudo”, afirmou. A declaração destaca a complexidade jurídica de seu caso, que gira em torno de provas circunstanciais e testemunhos coletados em meio a um cenário de violência e coerção.