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O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) intensifica a investigação sobre policiais civis suspeitos de envolvimento na execução do empresário Vinicius Gritzbach, morto em uma ação de violência que teria relação com o Primeiro Comando da Capital (PCC). O MP-SP confirmou nesta segunda-feira (11) que agentes de pelo menos duas delegacias na Zona Leste de São Paulo, incluindo o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), estão entre os investigados. A informação foi confirmada pela CNN Brasil, nesta segunda-feira (11).
A investigação foi impulsionada por informações obtidas por meio de um acordo de colaboração premiada firmado com Gritzbach antes de sua morte. Em seu depoimento, o empresário relatou que essas unidades policiais atuavam em benefício do PCC, indicando que as ligações entre policiais e a facção poderiam ir além de casos isolados. Em uma das revelações mais contundentes, Gritzbach afirmou que um delegado do DHPP teria solicitado dinheiro para evitar o seu envolvimento em investigações relacionadas ao assassinato de Anselmo Santa, conhecido como “Cara Preta”, ocorrido em 2021.
As declarações de Gritzbach também foram cruciais para as prisões de dois delegados do Departamento de Narcóticos (Denarc), reforçando as suspeitas de uma rede de conivência com o crime organizado em diferentes áreas da polícia civil paulista.
Na manhã desta segunda-feira (11), membros do MP-SP e da Polícia Civil realizaram uma reunião estratégica para avançar nas investigações e definir os próximos passos da apuração. O local do encontro foi mantido em sigilo por questões de segurança e pela delicadeza das informações discutidas.
Durante o atentado que culminou na morte de Vinicius Gritzbach na última sexta-feira (8), no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, o motorista de aplicativo Celso Araújo Sampaio de Novais, de 41 anos, também foi fatalmente atingido. Novais, que estava nas proximidades do local do ataque, sofreu um tiro de fuzil nas costas enquanto aguardava passageiros. Ele foi rapidamente levado ao Hospital Geral de Guarulhos e internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu aos ferimentos.
O enterro de Novais ocorreu na manhã desta segunda-feira em um cemitério de Guarulhos, sob forte comoção dos familiares. Ele deixa sua esposa, Simone, e três filhos, de 20, 13 e 3 anos.