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Uma mulher foi presa em flagrante nesta terça-feira (25) em Macaé, no Rio de Janeiro, suspeita de espancar até a morte seu filho adotivo, Samuel de Abreu, de apenas 7 anos. A criança apresentava múltiplas lesões causadas por impactos violentos, como socos, chutes e arremessos contra superfícies rígidas.
Segundo a Polícia Civil, a suspeita levou o menino, ainda com vida, para o Hospital Municipal Naelma Monteiro, em Rio das Ostras, na segunda-feira (24). No entanto, Samuel morreu logo após dar entrada na unidade, em estado grave. O médico que o atendeu desconfiou das lesões e acionou a polícia.
“A criança apresentava lesões que evidenciavam que ela vinha sofrendo maus-tratos, efetivamente. Uma lesão muito séria na cabeça, o que despertou essa desconfiança no médico que a atendeu”, disse a delegada Carla Ferrão, titular da 128ª Delegacia de Polícia de Rio das Ostras à TV Globo.
O corpo de Samuel foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Macaé, onde exames cadavéricos constataram múltiplas lesões causadas por impactos violentos. “A autópsia evidenciou diversas lesões por ação contundente no corpo da criança, com equimoses antigas e recentes, o que evidenciava esse histórico de violência”, completou a delegada.
Com o resultado dos exames, policiais civis localizaram a avó biológica da vítima, que prestou esclarecimentos e ajudou a encontrar a mãe adotiva de Samuel em sua casa, no bairro Mirante da Lagoa, em Macaé. Diante dos laudos periciais e depoimentos, a mulher foi presa em flagrante por maus-tratos com resultado morte.
A suspeita, que não confessou o crime, aguarda transferência para o sistema prisional. “Ela não confessou em momento algum, estava acompanhada pela sua advogada. No entanto, ela era a única pessoa responsável por esse menor. Então, não haveria como ela não ter conhecimento de que esse menor vinha passando por essa situação tão grave. E ela só o socorreu quando ele já estava prestes a falecer. O que também nos causou estranheza foi o fato de ela ter saído de Macaé e socorrido a criança apenas em Rio das Ostras”, disse a delegada.
As cidades de Macaé e Rio das Ostras ficam a cerca de 26 quilômetros de distância uma da outra, com um trajeto de carro de aproximadamente 40 minutos.
A mãe biológica de Samuel havia perdido a guarda do menino por maus-tratos, e a suspeita presa estava com a guarda da criança há cerca de 5 meses, em processo de adoção. As investigações apontam que a suspeita atuava como fonoaudióloga nas prefeituras de Cabo Frio e Macaé, e estava de licença maternidade por conta da adoção do menino.
O Conselho Tutelar de Macaé informou que não havia nenhum procedimento administrativo de acompanhamento da criança. As prefeituras de Cabo Frio e Macaé, onde a suspeita trabalhava, se pronunciaram sobre o caso. A Prefeitura de Macaé informou que a mulher não faz mais parte do quadro de contratados, pois seu contrato não foi renovado em janeiro. A Prefeitura de Cabo Frio determinou o afastamento imediato da servidora e repudiou veementemente a violência.
