Um homem identificado como Edivaldo Aragão, de 36 anos, foi preso na noite de domingo (14) em Guarujá, no litoral de São Paulo, sob a suspeita de participação no sequestro e possível assassinato do policial militar Luca Romano Angerami, de 30 anos. O corpo do agente ainda não foi localizado, mas as buscas continuam na região.
Luca foi visto pela última vez em uma adega na comunidade Santo Antônio, em Guarujá, na madrugada de domingo (14). O desaparecimento do policial deu início a buscas intensas pelas Polícias Civil e Militar na região.
Segundo informações do boletim de ocorrência, uma equipe da PM localizou Edivaldo por volta das 19h30 de domingo, próximo a um ponto de tráfico de drogas na Rua das Magnólias. Abordado em atitude suspeita, ele inicialmente disse estar apenas fumando maconha. No entanto, em seguida, confessou espontaneamente ter participado do sequestro e suposto homicídio de Luca com outras pessoas, mas não revelou o número de envolvidos.
Edivaldo detalhou que, no dia do crime, ele e os comparsas abordaram Luca após verem uma mulher desconhecida gritando. Inicialmente, o grupo não sabia que se tratava de um policial, mas, ao verem a arma e a carteira dele, decidiram agir.
Eles entraram no carro da vítima e o levaram até São Vicente, onde o teriam executado com sua própria arma. O corpo de Luca foi amarrado com uma pedra e jogado de cima da Ponte do Mar Pequeno, segundo o relato do suspeito.
A equipe da PM foi levada ao local indicado por Edivaldo, mas as buscas pelo corpo do policial não foram frutíferas devido à escuridão e à extensão da área. A arma de Luca também foi levada no momento do crime, assim como o carro, que foi encontrado abandonado por policiais militares rodoviários próximo ao km 7 da rodovia em Guarujá.
Edivaldo foi preso em flagrante por sequestro qualificado e roubo majorado na Delegacia de Polícia (DP) Sede de Guarujá. A Polícia Civil avaliou que o crime foi cometido por se tratar de um policial e, com a instauração do inquérito, as equipes verificarão se Edivaldo participou de um crime mais grave, como o homicídio.
Luca, morador de Santos, atua no 3º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) em São Paulo. Familiares do PM rastrearam seu celular, constatando que a última localização registrada foi no Morro São Bento, em Santos, na manhã de domingo.
