Nesta segunda-feira (29), o governo de São Paulo anunciou a revogação de uma resolução que propunha uma consulta pública sobre a saúde das pessoas LGBTQIA+ no estado. A medida, publicada na última sexta-feira (26), gerou controvérsias e debates intensos.
A resolução visava iniciar um diálogo aberto sobre medidas e ações que poderiam ser implementadas para melhorar a saúde e o bem-estar da comunidade LGBTQIA+. Entre as propostas apresentadas estavam diretrizes para o correto encaminhamento de crianças e adolescentes transexuais e/ou transgêneros, divulgação de informações atualizadas sobre orientação sexual e vivência da transexualidade, além de medidas para promover a saúde mental e prevenir a violência contra essa população.
No entanto, a mudança de direção ocorreu após intensa pressão da bancada bolsonarista, que se opõe ao tema. O deputado Gil Diniz (PL) foi um dos líderes desse movimento, chegando a anunciar que convocaria o Secretário de Saúde do Estado para revisar a resolução. Em suas declarações, Diniz questionou o foco do documento em crianças e adolescentes, afirmando: “Não mexam com nossas crianças! Criança LGBT não existe!”.
Diante da pressão política, o governo decidiu revogar a resolução e anunciou que o documento será revisado e passará por ajustes antes de ser republicado.