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Um auxiliar de necropsia do Instituto Médico Legal (IML) de Guarulhos, na Grande São Paulo (SP), está sob investigação por compartilhar fotos de cadáveres em grupos de mensagens, configurando o crime de vilipêndio a cadáver, que viola o respeito aos mortos.
De acordo com o site g1, a investigação da Polícia Civil local foi aberta em 7 de novembro de 2023. Na época, uma denúncia ao Ministério Público apontou que o auxiliar de necropsia Eron Marcelo Reis acompanhava estudantes da escola e recebia R$ 100 para deixá-los ter contato com os corpos.
Eron Marcelo Reis disse ao site g1 que as imagens foram compartilhadas em 2021 dentro de um grupo fechado e privado “composto por alunos formados no curso de Necropsia, no qual eu atuei como professor”.
“A conduta do policial [auxiliar de necrópsia] em questão não condiz com as práticas da Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC), a qual instrui todos os seus agentes a atuarem em conformidade com a lei e em respeito às vítimas”, disse a SSP.
O agente contou à polícia, que desde 2021 era responsável técnico dos estágios da escola preparatória para concursos públicos do ramo da necropsia Impera Cursos e Concursos. De acordo com o relato dele, “variavelmente recepcionava alunos para realizarem estágios no Serviço de Verificação de Óbito (SVO)”, onde alunos acompanhavam o serviço.
O Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) fica na mesma avenida, em um complexo com o cemitério da cidade e o IML.
Ele ainda informou que recebia valores em dinheiro da escola para acompanhar os alunos: a quantia de R$ 100 por estágio realizado.
Sobre as postagens feitas no WhatsApp, Eron disse que realmente postava fotos e vídeos de cadáveres do SVO e que “tinha cuidado para que não apresentasse nestas postagens o rosto”, mas que seriam para fins de “estudos” em grupo apenas com estudantes. A diretoria do IML não tinha conhecimento do caso, ainda segundo ele, ou a chefia da unidade.
Questionada sobre os supostos estágios no SVO, a prefeitura de Guarulhos disse que “a Secretaria da Saúde de Guarulhos informa que o funcionário citado não pertence aos quadros do Serviço de Verificação de Óbitos (SVO), mas sim do Instituto Médico Legal (IML), do governo estadual”.