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A Polícia Civil de São Paulo concluiu que Natalia Fabiana de Freitas, proprietária da clínica onde ocorreu a morte do jovem Henrique da Silva Chagas, assumiu o risco de causar o óbito do paciente. A investigação, que foi enviada à Justiça na segunda-feira (19), revelou que a morte de Henrique, de 27 anos, foi provocada por um edema pulmonar agudo decorrente da inalação de fenol durante um procedimento estético.
O caso teve início no dia 3 de junho, quando Henrique faleceu após realizar um peeling de fenol na clínica de Natalia, localizada no bairro Campo Belo. Inicialmente classificado como morte suspeita, o caso foi posteriormente detalhado pela perícia, que confirmou a causa da morte.
De acordo com o inquérito, Natalia de Freitas foi indiciada por homicídio com dolo eventual, um crime no qual o autor assume o risco de matar. Apesar do indiciamento, ela não foi detida, pois apresentou-se à polícia, possui endereço fixo e não possui antecedentes criminais.
O peeling de fenol é um procedimento estético invasivo e agressivo, prometendo um rejuvenescimento significativo da pele, mas com riscos associados, como arritmias, parada cardíaca, e efeitos adversos ao fígado. O fenol, substância utilizada na intervenção, é conhecido por seus efeitos cardiotóxicos.
Henrique da Silva Chagas, que foi atendido na clínica de Natalia Becker, começou a passar mal logo após o procedimento. Ele e seu companheiro chegaram à clínica pela manhã para uma limpeza de pele seguida da aplicação de anestésico e do fenol. Apesar de Natalia ter afirmado que a intervenção foi um “sucesso”, Henrique começou a apresentar sinais de desconforto e respiração ofegante.
O socorro foi chamado, e o atendente do Samu orientou a medição da pressão arterial, mas a condição de Henrique piorou. Natalia Becker, ao perceber o agravamento, também passou mal e foi levada a um pronto-socorro. Seu sócio, Jorge, tentou reanimar Henrique com respiração boca-a-boca e massagem cardíaca até a chegada do resgate, que confirmou o óbito.
Além das acusações criminais, foi descoberto que Natalia Becker não possuía a habilitação necessária para realizar o peeling de fenol, um procedimento que deveria ser conduzido por um dermatologista em um centro cirúrgico adequado. O Ministério Público agora revisará os autos para decidir sobre a apresentação de uma denúncia formal ou o arquivamento do caso.