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Neste sábado (5), a Polícia Federal (PF) iniciou uma investigação sobre a divulgação de um suposto laudo médico por Pablo Marçal, candidato do PRTB, em relação a Guilherme Boulos, candidato do PSOL. A Justiça Eleitoral já ordenou a remoção do documento das redes sociais.
O caso foi incorporado ao inquérito que a PF abriu em 17 de setembro. Com a inclusão do laudo na investigação, a PF acrescentou mais uma evidência às apurações em andamento.
O laudo publicado por Marçal em seu perfil no Instagram data de 19 de janeiro de 2021 e apresenta a assinatura do médico José Roberto de Souza. Contudo, o registro do médico está inativo no Conselho Regional de Medicina desde abril de 2022, e ele já faleceu. Filhas do médico contestaram a veracidade do documento, afirmando que o pai não trabalhou na clínica onde, segundo a acusação, Guilherme Boulos teria sido atendido.
A Justiça Eleitoral encontrou indícios de falsidade no laudo e determinou que o conteúdo fosse removido de plataformas como Instagram, TikTok e YouTube. O laudo supostamente atestaria que Boulos teria consumido cocaína.
O documento foi compartilhado por Marçal em vídeos nas redes sociais na noite de sexta-feira (4). Segundo a publicação, Boulos teria apresentado “surto psicótico grave” e sido submetido a um exame toxicológico que indicaria a presença de 2,825 ng/mg de cocaína em seu sangue. Guilherme Boulos afirmou que o documento é falso.
Após a divulgação, Boulos anunciou que tomaria medidas legais contra Marçal, incluindo um pedido de prisão e a cassação da candidatura do adversário à Prefeitura de São Paulo. Ele também informou que buscaria a prisão de Luiz Teixeira da Silva Júnior, amigo de Marçal e proprietário da clínica onde o laudo teria sido supostamente forjado. Boulos comentou: “Eles jogam com a mentira. Sabem que vão ser desmentidos.”
