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A Defesa Civil do Estado de São Paulo e a Agência Reguladora de Serviços Públicos (Arsesp) realizaram uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (17) para discutir as estratégias das concessionárias de energia em resposta aos recentes temporais que afetaram a região. O evento contou com a presença do governador Tarcísio de Freitas, do prefeito Ricardo Nunes e de representantes das principais empresas de energia, com foco no impacto das chuvas e nas medidas preventivas para futuros eventos climáticos.
Durante a coletiva, o coordenador estadual de proteção e defesa civil, coronel Henguel Ricardo Pereira, destacou a fragilidade da rede elétrica após os últimos temporais, o que gera preocupação nas autoridades. Para garantir a eficácia das ações, equipes de fiscalização serão alocadas nos Centros de Operações das concessionárias, especialmente da Enel. Em São Paulo, um monitoramento em tempo real das áreas prioritárias será realizado através do sistema Smart Sampa, que utiliza videomonitoramento, e o Gabinete de Crise será ativado com representantes de diversas áreas de segurança.
A Enel anunciou a mobilização de 700 a 1.200 equipes e a disponibilização de geradores e transformadores móveis para assegurar o atendimento durante o novo temporal previsto para esta sexta-feira (18). A Arsesp, por sua vez, ressaltou sua função de fiscalização, com base em um convênio com a Aneel, e informou que acompanhará remotamente as operações da concessionária, garantindo que as áreas mais afetadas sejam atendidas. Caso as prioridades não sejam cumpridas, a empresa estará sujeita a multas.
Atualmente, a Enel Distribuição São Paulo relatou que aproximadamente 36 mil imóveis ainda estão sem energia elétrica na capital e na região metropolitana, consequência das fortes chuvas da última sexta-feira (17). O presidente da empresa, Guilherme Lencastre, afirmou que esse número reflete a operação normal da companhia: “Estamos mantendo a operação como se estivéssemos em crise, mesmo sem estar”. O temporal atingiu cerca de 3,1 milhões de clientes em seu pico, causando danos significativos à rede de distribuição.
Nos últimos dias, 2.800 técnicos foram mobilizados para reparar os estragos. A tempestade resultou em aproximadamente 1.500 incidentes, incluindo quedas de galhos e árvores, que destruíram quilômetros de redes elétricas e afetaram 17 linhas de distribuição de alta tensão e 11 subestações. Até o momento, foram substituídos 251 postes e mais de 100 transformadores.
As autoridades permanecem em alerta e pedem à população que se mantenha informada sobre as condições climáticas e possíveis interrupções nos serviços de energia elétrica.