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A Polícia Federal (PF) anunciou na noite deste sábado (09) a abertura de um inquérito para apurar a morte do empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, de 38 anos, executado a tiros na tarde de sexta-feira (08), no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Gritzbach, que era jurado de morte pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), é suspeito de ter encomendado a morte de dois membros da organização.
Em nota oficial, a PF informou que, devido à sua função de polícia aeroportuária, será responsável pela investigação, em parceria com a Polícia Civil de São Paulo. A instituição, que tem atribuições de segurança nos aeroportos do País, tomou a decisão de abrir o inquérito em conjunto com o governo federal e o Ministério da Justiça, diante das circunstâncias do crime. O assassinato, que ocorreu no aeroporto mais movimentado do Brasil, em plena luz do dia, e a possível ligação com facções criminosas e agentes públicos, tornam o caso de interesse federal.
A abertura da investigação foi comunicada pelo diretor-geral da PF, Andrei Passos, em conversas com o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, e com o chefe da Polícia Civil paulista, Artur Dian. As autoridades manifestaram o desejo de trabalhar em sintonia para apurar o crime.
A Polícia Federal iniciou o processo de compartilhamento de informações com o Ministério Público, com o objetivo de reforçar a cooperação nas investigações, especialmente considerando o histórico de colaborações bem-sucedidas no combate ao crime organizado. A PF também demonstrou cautela política para garantir que o trabalho da polícia paulista não fosse desvalorizado, particularmente em relação ao trabalho dos promotores de justiça que já investigavam o empresário antes de sua morte.
Fontes dentro da Polícia Federal e do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) suspeitam que o assassinato de Gritzbach possa ter sido orquestrado por agentes de segurança corruptos ligados ao PCC, e não diretamente pela facção criminosa. O desafio das investigações será identificar tanto os executores quanto os mandantes do crime.
Além disso, uma força-tarefa de promotores criminais paulistas, que já colaboravam com o empresário, irá solicitar na segunda-feira (11) ao Procurador-Geral de Justiça de São Paulo uma designação formal para atuar no caso e acompanhar a investigação conduzida pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Eles também pedirão autorização judicial para o compartilhamento de provas com a direção do DHPP.
O assassinato de Gritzbach ocorreu por volta das 16h de sexta-feira, quando dois homens desceram de um carro preto e dispararam 10 tiros contra o empresário, próximo à área de desembarque do Terminal 2 do aeroporto. Até o momento, os autores do crime continuam foragidos.
Na tarde deste sábado, a polícia apreendeu duas armas próximas ao local onde um carro, possivelmente utilizado pelos criminosos, foi abandonado. O fuzil e a pistola estavam a cerca de 7 km do aeroporto, ainda em Guarulhos. Contudo, não havia confirmação oficial de que as armas apreendidas foram as mesmas usadas no assassinato.