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Durante encontro no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (21), o secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva sua discordância em relação aos comentários do petista, que comparou os ataques de Israel à Faixa de Gaza ao Holocausto. A informação foi confirmada pelo porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em coletiva de imprensa realizada na tarde de hoje.
Miller destacou que Blinken e Lula tiveram uma “troca franca” sobre o assunto, enfatizando que os Estados Unidos não concordam com as declarações do presidente brasileiro. Essa posição já havia sido expressa anteriormente pelo governo americano, conforme comentários feitos pelo próprio Miller no dia 19 de fevereiro.
Durante o encontro, Blinken reiterou o apoio dos EUA à presidência do Brasil no G20 e ressaltou a parceria bilateral em questões como direitos dos trabalhadores e transição para energia limpa, além de celebrar o bicentenário das relações diplomáticas entre os dois países. Contudo, a repercussão negativa das declarações de Lula também foi abordada durante a reunião.
As falas do presidente brasileiro geraram críticas por parte do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que as considerou vergonhosas e graves. Como resultado, Lula passou a ser considerado “persona non grata” em Israel até que se retrate pelo comentário.
Após as declarações, Lula decidiu convocar o embaixador do Brasil em Tel Aviv, Frederico Meyer, para consultas na segunda-feira (19). Nesse mesmo dia, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, convocou o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, para uma reunião no Palácio da Alvorada.