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A Justiça autorizou Suzane Von Richthofen a deixar a prisão imediatamente para cursar Farmácia na Universidade Anhanguera, em Taubaté (SP). Ela está presa na Penitenciária Feminina de Tremembé, condenada a 39 anos por estar envolvida no assassinato dos pais.
O desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), José Damião Pinheiro Machado, entendeu que Suzane preenche os requisitos para o estudo externo, pois está presa há 19 anos, já cumpre a pena em regime semiaberto e “não registra qualquer falta prisional”.
Em junho de 2016, o TJSP já havia autorizado que ela saísse da cadeia para fazer faculdade presencial, mas, na época, não conseguiu cursar pois não tinha como pagar a mensalidade. Agora, o desembargador entendeu que não se deve procrastinar mais a autorização que anteriormente fora deferida, já que mantida “a mesma situação, com bom comportamento carcerário, é seu direito”.
Assim, autorizou a saída temporária para que Suzane frequente a Faculdade Anhanguera de Taubaté, Unidade II, para cursar bacharelado em Farmácia, no período noturno. Ela pode deixar a cela às 17h para assistir às aulas e retornar às 23h50.
A diretoria do estabelecimento prisional concordou com a saída de Suzane. O Ministério Público foi contra, argumentando que a segurança dela não poderia estar garantida. Mas para o magistrado, não se justifica o argumento do promotor, já que “ninguém pode assegurar proteção absoluta à paciente em razão da prática de eventual delito”.
“Se o que a lei almeja é a reintegração social, não há razão para que a mesma fique sem frequentar a faculdade onde conseguiu matrícula e financiamento de seu curso, tendo sido aprovada no ENEM”, afirmou o desembargador na decisão.