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O Facebook e o Instagram começaram a remover postagens que oferecem pílulas abortivas. A decisão ocorre após a decisão Suprema Corte dos Estados Unidos, que acabou com o direito ao aborto.
Em decisão histórica, a Suprema Corte dos EUA decidiu na semana passada, reverter a legislação do país referente ao direito ao aborto em âmbito federal. O principal tribunal norte-americano derrubou uma lei em vigor desde 1973, depois de uma votação dividida.
Após a decisão da Corte americana, uma enxurrada de conteúdo com pílulas abortivas explodiram nas redes sociais. Alguns até se ofereceram para enviar as prescrições para mulheres que vivem em estados que agora proíbem o procedimento.
Quase imediatamente, o Facebook e o Instagram começaram a remover algumas dessas postagens. Menções gerais de pílulas abortivas, bem como postagens mencionando versões específicas, como mifepristone e misoprostol, de repente aumentaram desde a decisão no Twitter, Facebook, Reddit e transmissões de TV, de acordo com uma análise da empresa de inteligência de mídia Zignal Labs.
Á AP, o porta-voz da Meta, Andy Stone, apontou para as políticas da empresa que proíbem a venda de certos itens, incluindo armas, álcool, drogas e produtos farmacêuticos. A empresa não explicou as aparentes discrepâncias na aplicação dessa política.
Stone confirmou ainda em um tweet nesta segunda-feira (28), que a empresa não permitirá que indivíduos ofereçam ou vendam produtos farmacêuticos em sua plataforma, mas permitirá conteúdo que compartilhe informações sobre como acessar pílulas. Stone reconheceu alguns problemas com a aplicação dessa política em suas plataformas, que incluem Facebook e Instagram.
“Descobrimos alguns casos de aplicação incorreta e os estamos corrigindo”, disse Stone no tweet.
O procurador-geral Merrick Garland disse na sexta-feira que os estados não devem proibir o mifepristone, o medicamento usado para induzir um aborto.
“Os estados podem não proibir o mifepristone com base em desacordo com o julgamento de especialistas da FDA sobre sua segurança e eficácia”, disse Garland em um comunicado na sexta-feira.
Mas alguns republicanos já tentaram impedir seus residentes de obter pílulas abortivas pelo correio, com alguns estados como West Virginia e Tennessee proibindo os provedores de prescrever a medicação por meio de consultas por telemedicina.