O diretor do FBI, Christopher Wray, reafirmou na quarta-feira aos legisladores que o TikTok representa uma preocupação nacional de segurança e privacidade, incluindo potencialmente coletar e controlar os dados de milhões de americanos e influenciar a opinião pública.
Wray, que estava testemunhando perante o Comitê de Inteligência do Senado americano sobre ameaças mundiais, concordou com os legisladores que o TikTok, propriedade da empresa chinesa ByteDance, tem a capacidade de coletar informações sobre cidadãos americanos, se assim o desejar.
Wray estava respondendo a questões levantadas pelo senador Marco Rubio (Republicano), que também queria saber se a plataforma de mídia social também poderia promover narrativas no aplicativo que colocam os americanos uns contra os outros.
Por exemplo, ele perguntou ao diretor se o TikTok poderia promover vídeos “argumentando por que Taiwan pertence à China e por que os EUA não deveriam intervir”.
Wray disse que, embora seja uma possibilidade, pode ser difícil ver “os sinais externos de que isso está acontecendo, se estiver acontecendo”.
O diretor também observou que a China não tem linhas claras entre o setor público e o privado.
“Acho que a peça mais fundamental que atravessa cada um desses riscos e ameaças que você mencionou, que acho que os americanos precisam entender, é algo muito sagrado em nosso país: a diferença entre o setor privado e o setor público”, Wray disse a Rubio.
“Essa é uma linha inexistente na forma como o PCC [Partido Comunista Chinês] opera”, acrescentou.
Rubio então perguntou se os EUA deveriam abster-se de proibir o aplicativo porque ele é popular entre usuários com menos de 35 anos, apesar das preocupações levantadas pelos legisladores.
Wray disse: “Não da minha perspectiva.”
“Acho que meu ponto é que, só para amarrar tudo, [TikTok] é uma ameaça substancial à segurança nacional para o país de um tipo que não enfrentamos no passado”, disse Rubio antes de passar para o próximo tema.