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O regulador antitruste da China iniciou uma investigação sobre supostas violações pela gigante tecnológica americana Google. O anúncio, feito na manhã desta terça-feira, coincide com o aumento das tensões comerciais desencadeadas pela recente decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas sobre produtos chineses.
O regulador antitruste, conhecido como SAMR, não ofereceu detalhes sobre a investigação, nem a vinculou explicitamente às tarifas.
A presença do Google na China é limitada. As versões globais de seus serviços são bloqueadas no país, e suas tentativas de expansão têm sido prejudicadas pelo apoio governamental aos concorrentes domésticos, preocupações com a cibersegurança e desafios na navegação pelos requisitos de moderação de conteúdo chinês em meio à pressão ocidental para desafiar a “censura” de Pequim.
O gigante de buscas dos EUA tem vasta experiência com escrutínio regulatório globalmente. Em agosto passado, um tribunal federal dos EUA decidiu que o Google é um monopolista que explora seu domínio para sufocar a concorrência em seu motor de busca.
Na União Europeia, o Google enfrentou multas bilionárias emitidas pelo regulador do bloco e por alguns estados membros por violações antitruste. No início deste mês, a Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido lançou uma investigação sobre o negócio de publicidade do Google.
Trump impôs tarifas adicionais de 10% sobre produtos chineses, oficialmente como parte de um pacote de medidas emergenciais relacionadas à imigração ilegal e ao tráfico de drogas, que eram principalmente direcionadas ao México e ao Canadá. Pequim respondeu minutos após a medida entrar em vigor na terça-feira, impondo tarifas sobre hidrocarbonetos americanos, maquinaria agrícola e certos tipos de veículos. Também apresentou uma queixa formal à Organização Mundial do Comércio.
O governo chinês também introduziu restrições à exportação de certos minerais – tungstênio, telúrio, bismuto, molibdênio e índio – que são cruciais para a manufatura avançada, mas absteve-se de vincular diretamente o movimento ao conflito comercial intensificado.
