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O governo federal investiga se entidades e associações envolvidas em um esquema de fraude contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) utilizaram criptomoedas para ocultar recursos públicos desviados. A suspeita foi revelada pelo ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, nesta terça-feira (20), durante entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro”, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
“No pedido de bloqueio que nós fizemos na semana retrasada, nós solicitamos ao juízo que seja feito um rastreio a partir de corretoras de criptomoedas para entender por onde esse recurso passou caso tenha sido utilizado”, afirmou o ministro.
O rastreamento tem como objetivo identificar se ativos digitais foram usados para dificultar a localização do dinheiro desviado. Segundo Messias, o governo também busca descobrir outros caminhos utilizados para esconder os valores.
“Nessa operação, diversas obras de arte foram apreendidas, joias, ouro, carros de luxo… Tudo isso precisa ser convertido em dinheiro e, a partir disso, seja devolvido aos cofres públicos, que irão ressarcir os aposentados e pensionistas”, disse.
A AGU já obteve decisão judicial para o bloqueio de valores das entidades investigadas. “Já há uma primeira avaliação de bloqueio de R$ 1 bilhão e nós estamos agora perseguindo a diferença para que nenhum centavo seja de fato pago pelo contribuinte brasileiro”, destacou o ministro.
Além das associações, servidores públicos também estão entre os alvos da investigação. O esquema fraudulento envolvia descontos associativos indevidos sobre os benefícios de aposentados e pensionistas.
“Nós não queremos servidores públicos conosco que não têm compromisso ético, que não têm compromisso com a integridade e com o zelo do patrimônio público e das pessoas”, afirmou Messias.
