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A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, opinou nesta sexta-feira (21) contra pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para anular ação penal do caso do triplex em Guarujá por conta da atuação do ex-juiz Sérgio Moro.
A defesa de Lula pediu a anulação do processo por conta da suspeição do juiz e quer que o STF lhe conceda liberdade. A defesa juntou mensagens que teriam sido trocadas entre Moro e o procurador Deltan Dallagnol para afirmar que o juiz não teve imparcialidade com ele.
A retomada do julgamento do caso está marcada para próxima terça (25), e por isso Dodge voltou a se manifestar. Segundo ela, é preciso se confirmar a autenticidade dos diálogos, além do fato de que o material foi obtido por meio ilegal.
Confira o trecho da contestação de Dodge:
“O material publicado pelo site The Intercept Brasil, a que se refere a petição feita pela defesa do paciente, ainda não foi apresentado às autoridades públicas para que sua integridade seja aferida. Diante disso, a sua autenticidade não foi analisada e muito menos confirmada”, diz parecer entregue ao STF, que julga o habeas corpus no dia 25.
A procuradora-geral menciona a possibilidade de as mensagens terem sido corrompidas e adulteradas e alerta sobre a origem criminosa de sua obtenção, um “grave atentado às autoridades constituídas brasileiras”.
“Trata-se de grave e criminoso atentado contra o Estado e suas instituições, que está sob a devida apuração pelos
Raquel Dodge afirmou que o vazamento de conversas de procuradores e outras autoridades representa “grave e criminoso atentado contra o Estado e suas instituições, que está sob a devida apuração pelos órgãos competentes”. órgãos competentes.”
Os ministros Luiz Edson Fachin e Cármen Lúcia já haviam votado contra o pedido, mas Gilmar Mendes tinha pedido vista.
Leia íntegra da contestação de Rachel Dodge