Butanvac vacina Anvisa
O Instituto Butantan desenvolveu uma nova fórmula de vacina contra a Covid-19 e vai pedir à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o início da fase de testes nesta sexta-feira (26).
O anúncio oficial foi feito em coletiva convocada pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB). A entidade ligada ao governo de SP fará parte de um consórcio internacional e espera ter capacidade para produzir a maior parte dos imunizantes utilizados na nova vacina, apelidada de Butanvac.
Atualmente, o Brasil depende de insumos internacionais para poder desenvolver as vacinas da CoronaVac e de Oxford/AstraZeneca.
A Butanvac passou nos testes pré-clínicos, onde os efeitos são observados em animais. Os ensaios 1 e 2, voltados para segurança e a capacidade de promover resposta imune, envolveriam 1.800 pessoas e são os que terão o pedido de testes feito à Anvisa nesta sexta-feira.
A fase de eficácia, onde pode ser pedido o uso emergencial e o registro final, são a terceira parte deste processo.
A intenção é ter a vacina pronta no prazo de dois meses, com a chamada produção de risco iniciada em maio, mesmo sem o aval da Anvisa. Todos os testes do novo imunizante serão feitos em São Paulo, com cidadãos de várias idades.
Segundo o diretor do Butantan, Dimas Covas, é possível ter 40 milhões de doses prontas até o fim do ano. O Butantan foi selecionado para a produção do imunizante porque a tecnologia necessária é a mesma da vacina da gripe, já desenvolvida pelo laboratório nacional.
O Butantan faz parte de um consórcio internacional para a produção da Butanvac com o Vietnã e a Tailândia – neste último, os testes da etapa 1 já estão em andamento. A expectativa do Butantan é ter 85% da capacidade total de fornecimento da vacina, se ela funcionar.
A tecnologia da Butanvac usa o vírus inativado de uma gripe aviária, a doença de Newcastle, como vetor para transportar para o corpo do paciente a proteína S (de spike, espícula) integral do Sars-CoV-2.