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O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse neste domingo (17) que a cidade portuária de Mariupol “não existe mais” depois de ficar sitiada pelas forças russas.
“A situação em Mariupol é terrível militarmente e de partir o coração. A cidade não existe mais”, disse Kuleba em entrevista ao “Face the Nation”, da CBS News.
“Os remanescentes do exército ucraniano e um grande grupo de civis estão basicamente cercados pelas forças russas. Eles continuam sua luta, mas parece que pela maneira como o exército russo se comporta em Mariupol, eles decidiram arrasar a cidade a qualquer custo”, acrescentou o ministro.
A Rússia se ofereceu para poupar a vida dos soldados ucranianos que lutavam em Mariupol se eles entregassem as armas no domingo, já que a resistência de semanas na cidade portuária sitiada parecia estar finalmente chegando ao fim.
A oferta, feita “por princípios puramente humanos”, deu às forças ucranianas que ainda lutavam na cidade até as 6h, horário de Moscou (23h ET), a rendição, de acordo com um comunicado dos militares russos, relatado pela agência de notícias TASS.
Não houve relatos de atividade das forças ucranianas em Mariupol. Se caísse, seria a primeira grande cidade a ser tomada pelas forças russas desde a invasão de 24 de fevereiro.
As forças ucranianas restantes no porto de Mariupol, no sul, ainda estão lutando e continuam a desafiar a exigência russa de se render, disse o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, neste domingo.
“A cidade ainda não caiu”, disse Shmyhal ao programa This Week da ABC, acrescentando que os soldados ucranianos continuaram a controlar algumas partes da cidade.
Shmyhal disse que participará das reuniões do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial em Washington nesta semana e buscará mais assistência financeira para a Ucrânia .