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A Polícia Federal (PF) adiou o depoimento do ex-secretário de Segurança do DF Anderson Torres, que estava previsto para esta segunda-feira (24). O adiamento ocorreu após um pedido da defesa do ex-ministro, que alegou “piora” no estado emocional do delegado.
Torres seria ouvido em inquérito que investiga as ações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante as eleições de 2022.
Até a última atualização desta reportagem, a Polícia Federal ainda não havia definido uma nova data para o ex-ministro da Justiça depor.
O depoimento foi determinado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes na última quinta-feira (20), após um pedido da própria PF.
Torres está preso desde 14 de janeiro por suposta omissão nos atos do dia 8 de janeiro. Ele era secretário de Segurança Pública do DF à época.
Recentemente, o MPF defendeu que ele seja posto em liberdade e cumpra medidas cautelares. Porém, Alexandre de Moraes manteve o ex-ministro preso.
No pedido de adiamento apresentado hoje, a defesa diz que, depois que ele soube que o pedido de revogação da sua prisão preventiva havia sido negado, “o estado emocional e cognitivo do requerente [Torres], que já era periclitante, sofreu uma drástica piora”.
De acordo com a defesa de Torres, a secretaria de Saúde do DF teria atestado, no último sábado (22), a impossibilidade do ex-ministro “comparecer a qualquer audiência no momento por questões médicas, durante uma semana”.
Os advogados dele afirmaram que, assim que Anderson Torres estiver recuperado, pretende “cooperar para o esclarecimento dos fatos em apuração”.