O programa “Celular Seguro”, iniciativa do governo federal destinada a coibir roubos e furtos de celulares e smartphones, alcançou a marca de 12.163 alertas de bloqueio nos primeiros 30 dias de operação, completados na última quarta-feira (17). Até o momento, já foram registrados 12.591 pedidos de bloqueio, com uma média de 393,4 solicitações diárias. Essa ferramenta permite a inutilização de aparelhos que tenham sido roubados, furtados ou perdidos, incluindo a opção de cadastro de pessoas de confiança autorizadas a solicitar o bloqueio e obter informações.
O motivo principal para os bloqueios foi o roubo, totalizando 5.496 casos, seguido de furto (3.965), perda (2.549) e outros motivos (601). O número de usuários cadastrados atingiu 1.234.718, com 954 mil telefones registrados e 818 mil pessoas de confiança incluídas.
O dia com o maior número de bloqueios foi em 27 de dezembro, após o Natal, com 746 bloqueios realizados pelos brasileiros. São Paulo lidera os estados com mais bloqueios, somando 3.288, seguido do Rio de Janeiro (1.567), Bahia (940), Pernambuco (904) e Minas Gerais (778).
Lançado em 19 de dezembro, o programa não estabelece limite para o cadastro de números na plataforma Gov.Br, que é voluntário, mas requer vinculação ao CPF para a efetivação do bloqueio. Cada pessoa cadastrada no aplicativo pode indicar outras que terão autorização para efetuar bloqueios da linha telefônica em caso de roubo, furto ou extravio do celular.
O “Celular Seguro” também permite que a própria vítima bloqueie o aparelho acessando o gov.br por um computador. O cadastro de “pessoas de confiança” é opcional e, ao serem registradas como contatos de emergência, não têm acesso aos dados do celular, podendo apenas comunicar o crime no site ou no aplicativo Celular Seguro, resultando no bloqueio do aparelho e de aplicativos.
O Ministério da Justiça esclarece que o aparelho bloqueado não poderá ser utilizado para revenda. Embora o programa não limite o cadastro de números, é necessário que estejam vinculados ao CPF do titular da linha para que o bloqueio seja concluído. O proprietário pode indicar quais pessoas estão autorizadas a efetuar bloqueios em caso de roubo, furto, extravio ou perda do aparelho.
O governo reforça que o “Celular Seguro” não oferece a possibilidade de desbloqueio e deve ser utilizado apenas em situações de emergência. Se o aparelho for recuperado, o usuário deve entrar em contato com a operadora, bancos e outros fornecedores de serviços para a regularização.