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Dois presos protagonizaram uma fuga histórica na Penitenciária Federal de Mossoró, marcando o primeiro episódio deste tipo no sistema penitenciário federal do país. Os fugitivos foram identificados como Deibson Cabral Nascimento, conhecido como “Tatu” ou “Deisinho”, e Rogério da Silva Mendonça.
Ambos, naturais do Acre, estavam sob custódia na Penitenciária Federal de Mossoró desde o dia 27 de setembro de 2023, conforme informado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública na época. Este incidente representa um marco na história do sistema penitenciário federal, que abrange cinco presídios de segurança máxima.
No ano anterior, a Secretaria de Estado de Segurança Pública do Acre revelou que Rogério e Deibson estavam entre os presos envolvidos na rebelião ocorrida em julho de 2023 no presídio de segurança máxima Antônio Amaro Alves. Durante o tumulto, cinco detentos foram brutalmente executados, com relatos de decapitações e esquartejamentos.
Deibson estava sob custódia desde agosto de 2015 e também passou pelo presídio federal de Catanduva (PR). Ele possui condenações por assaltos, furtos, roubos, homicídio e latrocínio. Já Rogério, também com vasto histórico criminal, cumpria pena no Acre até ser transferido para o Rio Grande do Norte. Ambos são associados a uma organização criminosa e deveriam cumprir pena até 25 de setembro de 2025.
Inaugurada em 2009, a Penitenciária Federal de Mossoró é a única no Nordeste, com uma área de 13 mil metros quadrados e capacidade para mais de 200 detentos. Até então, não havia registro de fuga na unidade.
Conhecida por abrigar líderes de facções criminosas de todo o país, a Penitenciária Federal de Mossoró já recebeu figuras proeminentes como o traficante Fernandinho Beira-Mar, transferido para lá em janeiro deste ano, e Marcinho VP, atualmente na Penitenciária Federal de Campo Grande, mas que passou anos na unidade do Rio Grande do Norte.
As fugas de Nascimento e Mendonça marcam um momento inédito no Sistema Penitenciário Federal, sob a administração do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
A página da Secretaria Nacional de Políticas Penais descreve o sistema como “um regime de execução penal concebido com o propósito de combater o crime organizado, isolando líderes criminosos e prisioneiros de alta periculosidade”.
De acordo com o órgão, “desde a sua implementação, o sistema é um modelo de disciplina e procedimento, nunca tendo registrado fuga, rebelião ou entrada de materiais ilícitos nas unidades penitenciárias, aplicando rigorosamente a Lei de Execuções Penais (LEP)”.