O Ministério Público de São Paulo (MPSP) investiga a suspeita de infiltração do Primeiro Comando da Capital (PCC) em Organizações Sociais (OSs) que administram unidades de saúde no estado. A informação foi divulgada pelo colunista Pedro Duran, da CNN Brasil.
Segundo os promotores, o PCC teria utilizado o mesmo esquema já aplicado em licitações de transporte público e limpeza urbana: injeção de dinheiro nas OSs para vencer licitações e lavagem de dinheiro do crime. As investigações apontam para o pagamento de propina a funcionários públicos e o uso de “laranjas” para ocultar a real origem dos recursos.
As OSs vêm assumindo um papel cada vez mais importante na gestão da saúde pública paulista. Estima-se que os negócios fraudulentos realizados pelas empresas ligadas ao PCC nesse setor já ultrapassem R$ 5,5 bilhões. Esse valor deve aumentar ainda mais com a localização de novos contratos irregulares.
Em resposta à atuação do PCC, o MP deflagrou as operações “Fim da Linha” e “Munditia”, que já resultaram na prisão de 19 pessoas e na apreensão de 94 mandados de busca e apreensão. Ao todo, 26 indivíduos foram denunciados e 4 permanecem foragidos.
