O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou em texto ao FMI que o governo brasileiro está promovendo um “choque liberalizante” para impulsionar o crescimento potencial do país, trabalhando por uma agenda de reformas. “Esse esforço inclui abrir com firmeza a economia, adotar um programa ambicioso de privatizações, uma reforma tributária que melhore a eficiência e outras medidas microeconômicas favoráveis ao mercado que estimulem a produtividade”.
Ainda de acordo com o texto, Guedes reitera que o primeiro e mais importante passo na agenda é a reforma da Previdência, que segundo projeções do governo, deve economizar mais de R$ 1 trilhão em dez anos. “O governo está totalmente comprometido com essa agenda e tem trabalhado de perto com o Congresso para garantir que o dinamismo provocado pela eleição presidencial e legislativa do ano passado se materialize nesse conjunto de reformas amplas e necessárias”, afirma ele.
Ao tratar da atividade econômica, Guedes diz que a recuperação, embora mais lenta do que o esperado, já acumula oito trimestres consecutivos de crescimento. Ele destaca as contas externas sólidas, destacando que o câmbio flutuante funciona bem e que o déficit em conta corrente é inferior a 1% do PIB, enquanto o investimento estrangeiro direto no país se aproxima de 5% do PIB.
Guedes ainda reforça que a inflação permanece próxima à meta e bem ancorada. Além disso, a redução do endividamento das famílias já ocorreu em grande medida e continua entre as empresas, com o crescimento do crédito sendo liderado por empréstimos dos bancos privados, concedidos com recursos livres.
O ministro está em Washington para participar da reunião de primavera do FMI e do Banco Mundial, que ocorre nesta semana. Além de outros encontros com investidores e autoridades.