Cerca de 45 plataformas de produção de petróleo e gás natural que estão instaladas em Estados do Nordeste e Sudeste terão que ser desligadas neste mês. Uma carta da Petrobrás enviada aos sindicatos de petroleiros, anunciou a paralisação das unidades, o que significa demissões e remanejamento de pessoal.
Por outro lado, as medidas contribuem para a meta de corte de 200 mil barris por dia (bpd) que foram impostas para enfrentar a crise.
Ainda é esperado que muitas plataformas entrem em “hibernação” e centenas de funcionários tenham que deixar a empresa nos próximos meses por falta de espaço para recolocação interna.
O corte na produção engloba a série de medidas que vem sendo tomadas pela empresa para enfrentara à atual crise petroleira, em que o barril baixo o patamar dos 20 dólares.
De acordo com a Petrobrás, essa cotação fará que muitos de seus ativos passem a serem inviáveis, agora o foco da companhia é o pré-sal.
A Bacia de Campos, que já foi 80% do desempenho do país e onde ainda existem áreas gigantes em operação, está fora do radar de corte da diretoria da petroleira.
As 45 plataformas paralisadas estão instaladas em águas rasas, somando pouco mais de 10 mil bpd de produção, o equivalente a 5% da meta de corte.
Na carta, a Petrobrás está oferecendo três opções aos trabalhadores das unidades que vão ser temporariamente desligadas: a realocação interna de acordo com a necessidade da empresa, a adesão ao plano de demissão voluntária e o desligamento individualmente por acordo.
Os sindicatos estão questionando sobre a capacidade da empresa de reter o grande número de funcionários que ficaram sem atividade, um volume de pessoas que tende a crescer ainda mais.