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A Operação Acolhida do Governo Federal segue atuante durante a crise causada pelo novo coronavírus. Desde março, mais de 6,5 mil imigrantes venezuelanos tiveram a oportunidade de buscar uma nova vida no Brasil por meio da estratégia de interiorização para 343 municípios. O Ministério da Cidadania, responsável pela coordenação do Subcomitê Federal para Interiorização, investiu R$ 80 milhões entre março e julho para promover ações socioassistenciais e inclusão socioeconômica dos migrantes e refugiados venezuelanos.
Desde o início da crise, cerca de 31 mil vagas foram cofinanciadas para os municípios que receberam imigrantes na estratégia de interiorização, contabilizando R$ 71 milhões de investimento do Ministério da Cidadania. Em agosto, a Portaria nº 468 oficializou mais R$ 9 milhões em repasses emergenciais para a oferta de ações socioassistenciais no Acre e em Roraima e em 17 municípios de 12 estados. O valor representa um aumento de 3,7 mil vagas para a interiorização de imigrantes.
“A meta era interiorizar entre duas a três mil pessoas por mês, mas, desde o início, esse número diminuiu em função de todas as medidas e protocolos de segurança que estamos seguindo. Temos um plano de emergência, com protocolos específicos, feito para controlar tanto a permanência nos abrigos em Roraima, como para o deslocamento e chegada de imigrantes venezuelanos nos municípios, para não expor ninguém”, explica a coordenadora do Subcomitê Federal para Acolhimento e do Subcomitê Federal para Interiorização, Niusarete de Lima.
O Subcomitê Federal para Interiorização é responsável pelo processo de aprovação da transferência dos imigrantes das cidades de fronteira para outros estados brasileiros. Essa é a principal estratégia do governo brasileiro para promover a inclusão socioeconômica daqueles que chegam. Quase 600 municípios participam do processo de interiorização e receberam venezuelanos. Dos abrigados, 38,7% interiorizados em idade laboral tiveram acesso a oportunidades de trabalho e cerca de 36,5% já deixaram os abrigos da interiorização.
Força-tarefa humanitária
A Operação Acolhida é uma grande força-tarefa humanitária, coordenada pelo Governo Federal, composta por 11 ministérios, com apoio de agências da ONU e de mais de 100 entidades da sociedade civil, para oferecer assistência emergencial aos migrantes e refugiados que entram pela fronteira com Roraima.
A estratégia de interiorização teve início em abril de 2018 e até o fim de julho foram interiorizadas mais de 39,8 mil pessoas em mais de 599 cidades brasileiras. Desde o início de 2020 foram interiorizados mais de 12,6 mil venezuelanos, o que representa um investimento do Governo Federal de R$ 630,9 milhões.