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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima crescimento de 4% do PIB em 2021. O setor industrial deve ter expansão de 4,4% no mesmo ano. As projeções foram apresentadas nesta 4ª feira (16).
As projeções de alta são feitas em cima dos resultados esperados para 2020, de recuo de 4,3%. O PIB industrial deve ter queda de 3,5% em 2021.
Os levantamentos do CNI estimam que 2020 terminará com taxa de desemprego de 13,9% e o percentual subirá para 14,6% no ano que vem.
O presidente da CNI Robson Andrade afirmou, em entrevista coletica, que não era possível imaginar o que o mundo enfrentou na pandemia de covid-19 e que a economia deve se recuperar em 2021 mediante a aprovação das propostas econômicas do governo.
Ele destacou ainda a reforma tributária, tida como prioridade para 2021 pela CNI: “Apoiamos a PEC 45 [que tramita na Câmara], claro, com algumas mudanças, mas é a proposta que mais se adequa ao país para ter um IVA nacional”.
Para Robson, a proposta daria mais transparência e evitaria sonegação e que a não aprovação teria efeitos muito danosos na economia brasileira:
“Nosso sistema tributário é caótico, complexo e incompreensível. Tanto para o Brasil, quanto para os investidores externos”.
O presidente da CNI ainda citou a reforma administrativa. Estados, União e municípios têm dificuldades orçamentárias em razão desses gastos, segundo ele.
As condições das contas públicas são um dos principais desafios para o país. Com deficit no resultado primário desde 2014, o país não tem previsão de reverter o quadro fiscal fragilizado no curto prazo. O governo e o Congresso implementaram medidas de transferência de renda, como o auxílio emergencial, o que contribuiu para a piora das condições fiscais.
O setor público consolidado –que inclui governo federal, Estados, municípios e estatais– deve registrar deficit de R$ 789 bilhões em 2020, segundo a confederação. O valor corresponde a 10,93% do PIB. A dívida pública bruta deve terminar o ano em 92,8% do PIB.
A CNI disse que a melhora da atividade econômica em 2021 e a previsão de redução de despesas devem reduzir o deficit para R$ 192 bilhões, ou 2,5% do PIB.