RFI- O preço da bitcoin, primeira criptomoeda decentralizada do mundo, ultrapassou neste sábado (2) os US$ 30.000 pela primeira vez em sua história. O preço da moeda quadruplicou em 2020, devido ao aumento da demanda dos investidores por este valor refúgio, mas muito volátil.
Por volta das 14 horas em Paris, a bitcoin valia US$ 31.502,77, de acordo com informações da agência Bloomberg. A criptomoeda ultrapassou pela primeira vez o preço de US$ 20.000 em 16 de dezembro e bateu novos recordes nos últimos dias.
“O apetite pelo risco” que se reflete nas compras da moeda “é incontrolável”, avaliou em uma nota o analista independente e diretor da Emden Research, Timo Emden, que trabalha na Alemanha. Para ele, “tendo em vista a dinâmica atual, outros picos históricos poderiam acontecer”.
Ouro
A recente alta do preço começou no final de outubro com o lançamento do serviço de compra, venda e pagamento em criptomoeda do gigante dos pagamentos on line Paypal.
Além deste serviço destinado a particulares, os fundos de investimento, que sempre desconfiaram dessas moedas, se interessam cada vez mais pelo ativo que é sujeito a variações bruscas de preço. “Muitos investidores privados ainda não ousam se aproximar e apenas observam”, diz Timo Enden.
Os analistas do banco americano JPMorgan estimaram recentemente, no entanto, que “a utilização da bitcoin por investidores tradicionais está apenas começando”: eles comparam a moeda numérica e descentralizada ao ouro.
Outras análises de bancos de Wall Street, como o Citi, começaram a acompanhar a cotação da moeda virtual.
Descentralização
Para diversos adeptos da bitcoin, sua atração é a descentralização. A moeda foi criada por uma rede que por sua vez foi inventada de maneira anônima em 2008 e não depende de nenhuma instituição, não está respaldado por nenhum ativo, nem pela economia de nenhum país.
Mas o preço da moeda virtual teve variações vertiginosas. Em 2017, ela começou o ano valendo menos de US$ 1.000, teve alta durante o ano até chegar a uma verdadeira escalada entre novembro e dezembro, quando os preços quadruplicaram em menos de um mês.
Após ter alcançado um pico próximo a US$ 20.000 em 18 de dezembro de 2017, as cotações afundaram durante 2018 para terminar o ano em pouco mais de US$ 3.000.
(Com informações da AFP)