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A saída dos comandantes das três Forças Armadas nesta terça-feira (30), foi 0 ignorada pelo mercado financeiro. Na sessão de hoje, indicadores financeiros mostraram uma redução de risco no Brasil. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta de 1,24%, a 116.849,67 pontos. O dólar teve queda de 0,15%, a R$ 5,7580. O real foi a moeda emergente que mais se valorizou no pregão.
O Ministério da Defesa anunciou a saída dos comandantes das três Forças Armadas: Edson Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Moretti Bermudez (Aeronáutica).
Na nota, o ministério não informou o motivo da saída dos três nem anunciou os substitutos.
Em um sinal de menor aversão a risco, os juros futuros cederam. Juros futuros são taxas de juros esperadas pelo mercado nos próximos meses e anos. São a principal referência para o custo de empréstimos que são liberados atualmente, mas cuja quitação ocorrerá no futuro. O juro para julho 2026 foi de 8,718% na véspera para 8,53% nesta terça. A taxa para janeiro de 2033 foi de 9,44% para 9,34%.
O risco-país medido pelo CDS de cinco anos sobe 1,9%, próximo ao fechamento do mercado, indo a 231,6 pontos, maior nível desde outubro de 2020.
Segundo André Perfeito, economista-chefe da Necton, à Folha de S. Paulo, a mudança nas Forças Armadas não implica grandes alterações de curto prazo, por isso o mercado não reage à notícia. “Não dá para dizer que Bolsonaro perdeu sua influência sobre as Forças Armadas, e mesmo que tenha perdido, militar não tem voto no Congresso. O mercado está mais interessado em saber se vão ser aprovadas as reformas ou não, e aparentemente Bolsonaro se aproximou do centrão”, disse.