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Em 2021, os Correios tiveram lucro recorrente de R$ 3,7 bilhões. O lucro líquido foi de R$ 2,3 bilhões. O resultado é recorde. Em 2020, foi de R$ 1,53 bilhão. Os dados serão apresentados pela estatal nesta quinta-feira (17).
De acordo com o presidente dos Correios, Floriano Peixoto, o lucro é resultado da política de corte de gastos da sua gestão. Houve também aumento nas receitas com o e-commerce.
Floriano diz que, apesar do lucro, a empresa ainda não é sustentável. Estudo da Accenture diz que são necessários investimentos de R$ 2 bilhões anuais para que a estatal se adapte às novas demandas, sobretudo as do e-commerce. A média dos últimos anos é de R$ 300 milhões.
Por isso, o presidente da empresa diz que alguma forma de privatização ainda é necessária, apesar do lucro recorde. “Os estudos conduzidos pelo BNDES são realizados com muita responsabilidade e tecnicidade. As conclusões, até o momento, demonstram a necessidade dos Correios firmarem parceria com a iniciativa privada para serem competitivos”, afirmou.
O foco é em concorrer nos ramos que outras empresas têm focado, que é na entrega de encomendas, e não apenas cartas -cada vez menos usadas.
“Nos segmentos em que a empresa atua hoje, cada vez mais a concorrência aumenta e se qualifica. Por isso, o futuro dos Correios, o aumento de sua eficiência e da qualidade dos serviços prestados ao cidadão dependem, necessariamente, da desestatização da companhia”, disse.
Em 2021, a receita com encomendas internacionais foi de R$ 1,5 bilhão –6,3% do total. Varejistas brasileiros dizem que apps de venda, sobretudo da China, declaram valores inferiores ao que foi pago para burlar a Receita e sonegar impostos.
Os Correios dizem que seguem a legislação.