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A taxa de inflação da Zona do Euro atingiu um recorde de 10% em setembro. Os dados foram divulgados pela agência de estatísticas da União Europeia (UE), Eurostat, nesta sexta-feira (30).
De acordo com o levantamento, a alta foi puxada por aumento dos preços de energia causado pela guerra na Ucrânia.
A taxa é a mais alta já registrada desde a adoção do Euro, em 2002, de acordo com o Eurostat.
A inflação segue a tendência de aumento na zona europeia registrada nos últimos meses. Em agosto, a taxa foi de 9,1%. Há 1 ano, a inflação era de 3,4%.
Puxada pelos preços da energia elétrica e gás natural, a alta da inflação sinaliza um inverno de recessão para uma das maiores economias do mundo.
Segundo o levantamento, os cortes no fornecimento de gás natural pela Rússia em meio à guerra na Ucrânia e os gargalos no abastecimento de matérias-primas e peças em meio à recuperação da economia mundial após a pandemia contribuíram para esse cenário.
Os preços de energia subiram 40,8% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a Eurostat.
Já os preços dos alimentos, álcool e tabaco subiram 11,8%, e os de produtos industrializados, 5,6%.
A Estônia foi o país que registrou a maior taxa em setembro: 24,2 % de inflação.