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Nesta sexta-feira (31), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Governo Lula trabalha em um grupo de estudos para limitar a cobrança de juros do rotativo do cartão de crédito.
A declaração do petista foi feita em São Paulo (SP), onde ele cumpriu agendas nesta sexta.
De acordo com Haddad, embora a alta da Selic seja um problema, o “spread bancário”, lógica básica utilizada pelos bancos para obter lucro, também precisa ser enfrentado.
“Nós fizemos isso com o crédito consignado. O crédito consignado estava sendo praticado na casa de 2,11% por grandes bancos e nós fixamos um novo teto que é de 1,97% e os bancos todos voltaram a emprestar a 1,97%. Então, o governo tomou providência de salvaguardar a economia dos nossos aposentados que em toda renovação de empréstimo consignado estavam pagando taxas exorbitante. E estamos com um grupo de estudos pro rotativo agora. É outro abuso que é cometido”, afirmou o petista.
Haddad também afirmou que as taxas hoje praticadas são inexplicáveis: “Eu falava aqui com um representante de bancos: ‘Isso é ruim até pra imagem de vocês’. Pois é uma coisa que não tem explicação. Você não consegue explicar nem no Brasil nem no exterior uma taxa praticada disso. Independentemente de estar alta taxa Selic do Banco Central, o rotativo não é que está alto. Está estratosférico. E nós precisos tomar providência para trazer isso a bom tempo”.
O ministro também disse que isso aconteceu já no passado com o cheque especial, “que ainda é alto, mas foi modulado”. De acordo com Haddad, ainda há espaço para cair o juro do cheque especial.
“Mas no caso do cartão de crédito, sobretudo do juro rotativo, é uma exorbitância que precisa ser corrigida”, afirmou.
O ministro da Fazenda também disse que, em maio, o Governo Lula deve anunciar em torno de 12 medidas na área de crédito.