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A Páscoa de 2024 promete ser doce para o comércio brasileiro. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima um faturamento total de R$ 3,44 bilhões em vendas relacionadas à Páscoa, o que representa um crescimento de 4,5% em comparação com 2023, já descontada a inflação.
Se confirmada a expectativa, será o quarto ano consecutivo de alta nas vendas. A trajetória de crescimento, que vinha sendo observada desde 2016, foi interrompida apenas em 2020, ano em que a pandemia de Covid-19 afetou severamente a economia.
Quatro estados concentram mais da metade das vendas
Quatro estados devem responder por mais da metade (51%) do total de vendas esperadas:
- São Paulo (R$ 948,08 milhões)
- Minas Gerais (R$ 352,57 milhões)
- Rio de Janeiro (R$ 243,19 milhões)
- Rio Grande do Sul (R$ 194,18 milhões)
Santa Catarina e Minas Gerais lideram crescimento
Em relação à evolução anual do faturamento, os maiores destaques são:
- Santa Catarina (crescimento de 7,4%)
- Minas Gerais (crescimento de 7,2%)
Importação de produtos típicos em alta
O levantamento da CNC aponta que a Páscoa deste ano vem acompanhada de grande alta na importação de itens típicos do período:
- Chocolate: 3,35 mil toneladas (aumento de 21,4% em relação a 2023)
- Bacalhau: 7,12 mil toneladas (aumento de 61,9%, a maior importação desde o início do levantamento, em 1997)
Preços 5,2% mais caros
A pesquisa da CNC aponta que os preços dos produtos e serviços típicos estarão 5,2% mais caros este ano. Essa “inflação da Páscoa” é superior à inflação oficial acumulada no país em 12 meses, 4,5%.
A lista de itens inclui chocolate, pescado, bacalhau, bolos, azeite de oliva, refrigerante e água, vinho e alimentação fora de casa.
Bacalhau mais barato e azeite de oliva mais caro
O único item que deve chegar mais barato este ano é o bacalhau, com recuo de 3,2% no preço. Já o grande vilão é o azeite de oliva, que ficou 45,7% mais caro em relação à última Páscoa.
Valorização do real ajuda a reduzir preços de produtos importados
De acordo com a CNC, a valorização do real frente ao dólar ajudou a tornar mais baratos os preços de produtos importados. A taxa de câmbio, que às vésperas da Páscoa de 2023 se situava em R$ 5,20, atualmente se encontra perto dos R$ 5 – um recuo de quase 4,3%.