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Nesta sexta-feira (7), o dólar registrou uma valorização de 1,42%, encerrando o dia cotado a R$ 5,32. Esse é o maior patamar da moeda desde 5 de janeiro de 2023, quando alcançou R$ 5,35. A trajetória ascendente da moeda norte-americana ao longo de 2024 se intensificou nesta semana, influenciada pelo enfraquecimento das commodities no mercado internacional.
A queda nos preços das commodities, após anúncio de cortes na produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), afetou o Brasil, um país cuja economia depende significativamente da exportação desses produtos, como petróleo e soja. Isso reduz a entrada de dólares no país, exercendo pressão sobre a cotação da moeda.
Além disso, o humor dos investidores piorou após a divulgação do relatório do mercado de trabalho americano, o payroll. Em maio, foram criadas 272 mil vagas, superando as expectativas de 180 mil, conforme dados da Bloomberg. Esse desempenho surpreendeu negativamente os agentes econômicos, indicando uma possível prolongação da luta contra a inflação nos Estados Unidos e fortalecendo a perspectiva de juros mais altos por mais tempo, o que impulsiona o dólar.
Jefferson Laatus, estrategista-chefe do Grupo Laatus, destaca que o dólar deve permanecer forte globalmente, especialmente devido à expectativa de cortes de juros pelo Banco Central Europeu (BCE), levando muitos investidores a migrarem para os Estados Unidos, onde os juros ainda estão elevados.
Segundo projeções do mercado, o dólar deve permanecer em alta, com expectativa de fechar o ano em torno de R$ 5,05, conforme o Boletim Focus divulgado em 3 de junho. No entanto, há análises mais pessimistas, como a de Alexandre Viotto, da EQI Investimentos, que prevê o dólar acima de R$ 5,50 no curto prazo, citando pressões internas como fatores determinantes.
Por outro lado, o Itaú BBA projeta o dólar a R$ 5,15 ao final do ano, revisando suas estimativas devido ao cenário doméstico desafiador e à perspectiva de um dólar forte nos próximos meses.