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A arrecadação do Governo Lula (PT) alcançou R$ 201,622 bilhões em agosto, marcando o maior valor registrado para o mês desde o início da série histórica em 1995. A Receita Federal divulgou os dados na manhã desta quinta-feira (19).
Em termos reais, corrigidos pela inflação, a arrecadação federal aumentou 11,95% em agosto em comparação com o mesmo mês do ano passado. Em agosto de 2023, o governo havia arrecadado R$ 180,1 bilhões com receitas tributárias.
A arrecadação das receitas administradas somou R$ 195,1 bilhões em agosto, apresentando uma alta real de 12,06% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Já a arrecadação administrada por outros órgãos totalizou R$ 6,5 bilhões, com uma alta de 8,5% no mesmo período.
No acumulado do ano, a arrecadação federal atingiu R$ 1,748 trilhão em valores corrigidos pela inflação, representando um aumento de 9,5% em relação ao acumulado de janeiro a agosto do ano anterior.
Esse crescimento da arrecadação é positivo para o governo, que busca cumprir a meta de eliminar o déficit nas contas públicas em 2024. O Tesouro Nacional registrou um déficit primário – que exclui o pagamento de juros da dívida – de R$ 233,3 bilhões no acumulado de 12 meses até julho.
De acordo com o relatório Prisma Fiscal do Ministério da Fazenda, os agentes econômicos esperam um déficit primário de R$ 66,67 bilhões para 2024.
O Ministério do Planejamento e Orçamento tem até sexta, 20 de setembro, para publicar o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas. Este documento, publicado a cada dois meses, fornece as estimativas do governo para os gastos e receitas do ano em curso.
Em 22 de julho, o governo anunciou um congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024, que inclui um bloqueio de R$ 11,2 bilhões sobre despesas discricionárias e um contingenciamento de R$ 3,8 bilhões para manter o déficit dentro do limite estipulado de até R$ 28,8 bilhões.
Na época, o governo federal estimava um déficit de R$ 32,6 bilhões nas contas públicas para 2024.