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O mercado financeiro prevê que a taxa Selic será elevada para 11,25% ao ano nesta semana. O Comitê de Política Monetária (Copom) deve decidir, na quarta-feira (06), por um aumento de 0,5 ponto percentual, ritmo superior ao ajuste de 0,25 ponto promovido na reunião de setembro pelo Banco Central (BC).
Entre os fatores que justificam a elevação está o aquecimento do mercado de trabalho, que impulsiona a demanda. A taxa de desemprego no Brasil atingiu 6,4% no terceiro trimestre, o segundo menor nível já registrado, o que pressiona a inflação nos serviços. Esse cenário, apoiado pelo crescimento do emprego e da renda, tem resultado em uma expansão econômica acima do previsto pelos analistas e pelo próprio Banco Central.
Outro ponto de alerta para o mercado é o câmbio. Na sexta-feira (1º), o dólar comercial fechou a R$ 5,87, o segundo maior valor desde o início da série histórica, em 2012, o que influencia diretamente os preços.
Embora o Banco Central tenha acelerado o ajuste na Selic, ainda há incertezas sobre o patamar final da taxa ao término do ciclo de alta. Projeções indicam que a taxa terminal poderia alcançar 12% na primeira reunião de 2025, com algumas estimativas apontando até 13,5% no meio do ano.
Quanto aos índices de preços, o Brasil registra uma inflação oficial acumulada de 4,42% nos últimos 12 meses até setembro e uma prévia de 4,47% até outubro.
A meta inflacionária estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, permitindo uma faixa entre 1,5% e 4,5%.
Segundo o Boletim Focus, a expectativa dos analistas é de uma inflação de 4,55% até dezembro, acima do limite estabelecido pelo CMN.