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A Vinci Partners anunciou nesta sexta-feira (80) a aquisição do controle da Bloomin’ Brands, dona do Outback no Brasil, com a avaliação da companhia em R$ 2 bilhões, incluindo dívida e equity, conforme antecipado pelo INSIGHT.
Com a transação, a Vinci ficará com 67% da operação brasileira, enquanto a Bloomin’ manterá os 33% restantes. A parceria abrange cerca de 170 lojas do Outback, além das marcas Abraccio e Aussie Grill, que ainda estão em fase inicial no país.
Carlos Eduardo Martins, co-chefe de Private Equity da Vinci, afirmou que a gestora está muito entusiasmada com a sociedade, destacando que o Outback é uma marca icônica que faz parte da vida dos brasileiros há quase três décadas, oferecendo uma proposta de valor e atendimento ao cliente difíceis de encontrar em outras operações no Brasil.
O Outback Brasil, principal operação internacional da Bloomin’ Brands, tem um modelo de negócios saudável, com R$ 2,5 bilhões de faturamento anual e uma margem EBITDA de cerca de 10%. O valuation da operação foi de aproximadamente 7 vezes o EBITDA da rede de casual dining, que cresce de forma autossustentável e praticamente sem endividamento, segundo fontes próximas ao negócio.
A operação do Outback no Brasil adota um modelo de lojas próprias com sócios-operadores locais, que normalmente possuem cerca de 5% dos empreendimentos. As gestoras Advent e Mubadala, controladora da Zamp, também chegaram a avaliar o ativo.
A Vinci Partners já possui experiência no setor de alimentação no Brasil, tendo sido uma das responsáveis pelo crescimento do Burger King no país, ainda antes do IPO, e mais que multiplicado o capital investido até a saída da companhia no ano passado. A gestora também é acionista da Domino’s no Brasil e chegou a cogitar uma fusão com o Burger King em 2021, proposta que foi frustrada.
A entrada no Outback pode ser apenas o começo de uma holding que reúna outras operações de casual dining no país, de acordo com fontes próximas à gestora. A Vinci também é sócia da rede Camarada Camarão.
A venda do controle do Outback no Brasil faz parte de uma estratégia da gestora ativista Starboard para destravar valor na Bloomin’ Brands, na qual detém 10% do capital. A avaliação da Starboard é que a operação brasileira é uma joia escondida que merece um prêmio em relação aos negócios nos Estados Unidos, devido ao perfil de crescimento recente e à força da marca no Brasil.