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A demanda por crédito deve permanecer relativamente forte no último trimestre de 2024, mas a oferta começa a apresentar sinais de restrição. Essa é a avaliação das instituições financeiras consultadas na Pesquisa Trimestral de Condições de Crédito (PTC), realizada pelo Banco Central (BC) e divulgada na quinta-feira (21).
O levantamento, realizado entre 14 e 25 de outubro, reuniu a percepção de 71 instituições financeiras sobre as condições do crédito bancário em quatro segmentos: grandes empresas; micro, pequenas e médias empresas (MPMEs); crédito ao consumo para pessoas físicas; e crédito habitacional.
Segundo a pesquisa, no terceiro trimestre de 2024, a oferta de crédito mostrou maior flexibilidade em quase todos os segmentos, com exceção das grandes empresas, onde as condições se tornaram mais restritivas. Para o quarto trimestre, espera-se uma piora em fatores como inadimplência, tolerância ao risco e condições específicas do setor industrial.
Já para o crédito ao consumo das famílias, a expectativa é de manutenção das condições favoráveis. No trimestre anterior, fatores como maior tolerância ao risco, ambiente institucional e aumento da concorrência entre instituições financeiras contribuíram para o desempenho positivo desse segmento.
No entanto, há sinais de deterioração nos custos e na disponibilidade de funding, bem como na inadimplência, que, embora melhorem em relação ao trimestre anterior, seguem como fatores de preocupação, especialmente para MPMEs e crédito habitacional.
As instituições projetam uma leve redução nos índices de inadimplência para pessoas físicas e menor crescimento nas dívidas de micro, pequenas e médias empresas no quarto trimestre. No caso das grandes empresas, espera-se uma pequena melhora nos ratings de crédito, indicando maior capacidade de honrar dívidas.
Apesar disso, o custo do financiamento deve se tornar mais restritivo, sobretudo no crédito habitacional e para MPMEs, que podem deixar o campo positivo observado no terceiro trimestre.
Para MPMEs, além da inadimplência, o custo do crédito emerge como um fator limitante, reforçando o cenário de maior cautela para os próximos meses.