Na terça-feira (23), o deputado federal Neri Geller (PP-MT) teve seu mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder econômico nas eleições de 2018. A decisão foi unânime.
O TSE ainda tornou o ruralista inelegível por 8 anos. Geller ainda pode, porém, recorrer da decisão no STF. O TSE o condenou por uma doação de R$ 1,3 milhão para candidatos a deputados estaduais.
De acordo com o Ministério Público Eleitoral de Mato Grosso, ele ultrapassou o limite de doações permitido na campanha.
O MPE alegou no processo que a quebra dos sigilos bancário e fiscal do deputado e de seu filho, Marcelo Geller, permitiu identificar uma “triangulação” entre as contas de pai e filho, assim como dinheiro recebido de grandes empresas para a campanha fora do período permitido.
Candidato ao Senado com o apoio do ex-presidiário Lula (PT), o ruralista foi ministro da Agricultura no Governo Dilma, entre 2014 e 2015.